Em Salvador, as árvores são alvos de ataque que, em muitas vezes, causam a erradicação (morte). Infelizmente, as podas clandestinas de vegetais estão se tornando muito comuns na capital baiana e ameaçam a cobertura verde na cidade. A população pode colaborar para coibir essa prática fazendo a denúncia através do Fala Salvador, no número telefônico 156.
A atitude das pessoas em realizar podas clandestinas não é fruto de falta de informação a respeito do crime. “Acredito que hoje as pessoas estão mais conscientes no sentido de respeitar as questões ambientais e só uma pequena parte da população desconhece que as árvores da cidade são um patrimônio público”, afirma o titular da Secretaria Municipal de Manutenção (Seman), Virgílio Daltro.
“Essa conscientização se reflete no aumento das denúncias do crime. É muito importante que as pessoas comuniquem a situação”, completa o secretário. A multa pela supressão ou poda de árvore, sem a devida autorização do órgão, varia de R$600 a R$50 mil, de acordo com a Lei 9.187/2017.
Poda legal – A poda de árvores em área pública é de competência da Seman, que possui a técnica necessária para atuação sem prejudicar o vegetal. O órgão já realizou, até o fim de junho, 23,5 mil podas na capital baiana.
O serviço pode ser solicitado pelo cidadão quando ele perceber que os galhos crescem demasiadamente, afetando fiações elétricas e invadindo janelas, ou se estiverem ressecados e prestes a cair. Em área particular, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) é a responsável por emitir uma licença para que o proprietário do terreno onde a árvore está localizada faça o serviço.
Em uma área privada de órgãos estaduais ou federais, a Seman é responsável por conceder o alvará que permite a essas entidades realizarem as podas. “Só fazemos podas em logradouros públicos ou em áreas públicas como parques que são de nossa responsabilidade. Por exemplo, no Parque de Pituaçu, a Seman libera o alvará para o governo do estado fazer o serviço”, explicou o coordenador de Edificações Públicas do órgão municipal, Welison Silva Quadros.
Foto: Bruno Concha/Secom