O sonho de voltar a conquistar um título nacional após 36 anos segue vivo no Bahia, e hoje o tricolor pode dar um passo importante para conquistar o objetivo. O clube baiano enfrenta o Flamengo, às 21h30, na Arena Fonte Nova, pelo primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil. Na decisão em 180 minutos, a missão do Esquadrão é a de construir um bom resultado para largar em vantagem no torneio nacional.
Diante da equipe carioca, o tricolor quer mostrar que não está para brincadeira na atual temporada. O grupo treinado pelo treinador Rogério Ceni briga na parte de cima do Brasileirão e tem na competição mata-mata o caminho mais curto até a Copa Libertadores da América do próximo ano. A força da Fonte Nova é um trunfo que pode ser aproveitado pelo clube.
A torcida azul, vermelha e branca promete fazer uma grande festa no estádio. Todos os ingressos foram vendidos e existe a expectativa por quebra de recorde de público. Na atual temporada, o time baiano tem feito da Fonte uma fortaleza. A equipe perdeu apenas dois dos 26 jogos que fez como mandante. Foram ainda 20 triunfos e quatro empates.
Apesar do cenário animador, o técnico Rogério Ceni não pensou duas vezes antes de jogar o favoritismo para o lado rubro-negro, que é dono de um poderio financeiro grande e também de um elenco estrelado. O lateral esquerdo Luciano Juba seguiu a linha de pensamento, mas, assim como Ceni, garante que o Bahia está preparado para escrever a história em campo.
Juba lembrou que o tricolor fez um bom jogo no confronto pelo Brasileirão, no Maracanã – quando o time perdeu por 2×1 -, e pediu atenção para não ser surpreendido em casa.
“Vai ser diferente, jogo de Copa do Brasil, mata-mata. Temos que nos entregar ao máximo, impor o nosso ritmo para conquistar o resultado”, afirmou o Jogador.
Taticamente, a aposta de Ceni está na força técnica do quarteto de meio-campo. A tendência é a de que o treinador repita a formação considerada titular, com Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly. Na frente Thaciano e Everaldo formam a dupla de ataque.
O time baiano está invicto há quatro jogos na temporada, sendo três triunfos e um empate entre a Copa do Brasil e o Brasileirão. Na análise do goleiro Marcos Felipe, o elenco precisa manter a estratégia que tem dado certo ao longo do ano para ter sucesso diante dos flamenguistas no primeiro duelo.
“Sabemos que o Flamengo é um time de muita qualidade, mas é fazer o que estamos fazendo: ficar com a bola, criar chances, ter volume de jogo para ter um bom resultado nessa primeira partida das quartas de final”, disse o paredão, confiante no resultado.
Para o primeiro jogo das quartas de final, o Bahia tem o retorno do atacante Ademir, recuperado de lesão. Ele não atua desde o confronto com o Corinthians, em julho, pelo primeiro turno. Com o atacante, o tricolor ganha mais uma opção de velocidade no setor ofensivo. Biel e Gilberto, em tratamento no departamento médico, seguem de fora.
Rival desfalcado
No Flamengo, o técnico Tite tem pelo menos sete desfalques para montar a equipe titular. O meia Arrascaeta e os atacantes Pedro e Gabigol estão machucados e, por isso, vetados do primeiro embate. O volante Allan e o atacante Carlinhos também estão fora. Já o lateral Viña e o atacante Everton Cebolinha tiveram lesões mais sérias e não atuam mais em 2024.
Por outro lado, o atacante Michael estreou com gol na última rodada do Brasileirão e deve ser mantido entre os titulares. O rubro-negro deve ter na Fonte Nova um ataque com maior mobilidade, com Luiz Araújo e Bruno Henrique completando o trio. No gol, Matheus Cunha, que tem jogado a Copa do Brasil, será a novidade no lugar de Rossi.
Um outro retorno estará na beira do campo. Tite voltará a comandar o time após ter ficar fora do último jogo após sofrer uma arritimia cardíaca.
Na ocasião, o Flamengo foi comandado por Matheus Bachi, auxiliar e filho do comandante. Matheus revelou preocupação por conta do tempo curto de preparação, já que os jogadores atuaram na altitude da Bolívia na última quinta-feira, pela Libertadores, e voltaram a entrar em campo no domingo, no Maracanã.
“Uma análise mais profunda é estudar o Bahia, fazer a estratégia para o jogo, o primeiro é fora, recuperar os nossos atletas. A gente ter no treino de terça, pela manhã, um tempo muito curto [de descanso]. É buscar vídeo, usar conversa, descansar. E ir pro jogo”, explicou o auxiliar.
Foto: Letícia Martins/EC Bahia