Reaberta na segunda-feira (11), a Policlínica Regional de Barreiras atendeu em três dias um total de 227 pacientes em nove especialidades médicas e exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética e eletroencefalograma. A unidade foi a primeira a retomar os serviços desde que as policlínicas foram fechadas em toda a Bahia no início da pandemia de covid-19, como forma de conter o avanço da doença no Estado.
Em alinhamento com os gestores municipais, o Governo do Estado iniciou o processo de abertura gradual dos equipamentos. Como critério estabelecimento, apenas as cidades que não tiverem registro de novos casos do coronavírus durante 14 dias poderiam retomar as atividades. As unidades de Teixeira de Freitas e Senhor do Bonfim estão previstas para abrir na próxima segunda-feira (18). As policlínicas de Valença, Irecê e Guanambi também estavam previstas para abrir na mesma data, mas por conta do aumento de casos positivos de covid-19, os prefeitos optaram por um adiamento.
“Os prefeitos se reuniram e decidiram que irão aguardar a diminuição do número de casos confirmados de coronavírus entre os municípios consorciados. Eles voltarão a realizar assembleias no final de maio para reavaliar a situação e debater a possibilidade de fazer a abertura das unidades em junho”, explica Joana Molesini, coordenadora de gestão regionalizada da Secretaria da Saúde (Sesab).
As unidades de Jacobina, Juazeiro, Alagoinhas, Itabuna, Jequié, Paulo Afonso e Vitória da Conquista não possuem previsão de reabertura, pois ainda apresentam casos confirmados recentemente. A Bahia conta com 16 policlínicas regionais, que atendem a cerca de dois milhões de pessoas.
Critérios de segurança
A Sesab também estipulou a testagem das equipes como critério para a reabertura dos serviços e atendimentos das policlínicas. As equipes médicas e de apoio administrativo, incluindo agentes de segurança e motoristas, que atuam nas policlínicas estão sendo submetidos a exames para detecção da Covid-19 e a cada 15 dias os exames serão repetidos. Os funcionários que tiverem o diagnóstico confirmado ficarão em isolamento domiciliar.
Além destas ações, para diminuir o risco de contaminação, as unidades deverão reduzir o fluxo de pessoas, manter os assentos das recepções organizados de modo que os pacientes se acomodem intercalados, cumprindo o distanciamento mínimo de 1,5 metro, minimizando o possível contato entre os pacientes. Também será reduzido o acesso de pessoas nos refeitórios simultaneamente para evitar aglomerações, dispondo as cadeiras para uso intercalado, com manutenção do distanciamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
Transporte
Os pacientes transportados nos micro-ônibus das policlínicas passarão por uma triagem no seu município de origem antes de entrar no veículo. As pessoas que apresentarem mais de um sintoma compatível com a doença, como temperatura acima de 37.8, não poderão embarcar e serão encaminhadas a uma unidade de referência. A lotação máxima do micro-ônibus será reduzida para 50%. As janelas devem ficar abertas para circulação do ar e o uso do ar-condicionado evitado. Os usuários do veículo devem ficar distantes uns dos outros, de forma que em cada assento duplo permaneça apenas uma pessoa.
Repórter: Tácio Santos