Aparentemente tímido, mas corajoso e eficiente, Tércio Nunes (PP), vai ganhando musculatura política. Ao seu estilo está atraindo apoios e viabilizando condições de chegar na pole position nas eleições de 2024. Experiente, está atuando nos bastidores e acredita piamente num conjunto de fatores para viabilizar a vitória.
.El Matador
O celular é pior que a bomba atômica. Matou o telefone fixo, a TV, o computador, o relógio, a câmera fotográfica, o rádio, a lanterna, o espelho, as revistas, os livros, o videogame carteira, o calendário de mesa, o cartão do banco, o jornal, o diálogo, os casamentos, as famílias, os olhos, a coluna cervical e matará a próxima geração.
‘EFEITO BOLSONARO’
Em 2018 e 2022 muita gente se elegeu no vácuo dele. Aqui vários exemplos. Hoje o cenário é outro por fatores notórios. Para 2024 ainda é imprevisível a eventual influência do ex-presidente (inelegível) por se tratar de eleição municipal onde – geralmente – pesa em primeiro lugar a pessoalidade das candidaturas.
VITIMIZAÇÃO
O que vai ocorrer com o ex-presidente? É cedo para dizer embora as previsões sejam sombrias pelo que traz o noticiário. Mas a reação do eleitor é sempre imprevisível como já vimos em outros casos. Daí não se pode afirmar, mesmo no caso da procedência das denúncias – que seus partidários irão abandoná-lo.
NOTE BEM
Em política a fidelidade (fanática ou não) não faz distinções da ideologia. Eleitores da direita e esquerda são movidos pelo mesmo sentimento de paixão. No caso do ex-presidente Lula a sua prisão acabou beneficiando-o politicamente. Mas quanto a Bolsonaro o desafio é encontrar um nome que encarne seu estilo de conduta. Quem?
O VÁCUO
Os governadores Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP) e Eduardo Leite (RS) surgem como pretensos nomes da linha ‘anti PT’. Mas há uma série de fatos que precisam ser avaliados. Existem dúvidas do eleitor na análise destes nomes. Há risco inclusive do desgaste deles se anteciparem o debate sucessório.
DECISIVO?
Ainda não há diagnóstico comportamental do eleitor de centro que não vota na esquerda, mas que se decepcionou com Bolsonaro. No caso da Bahia esse grupo de eleitores ainda não ganhou visibilidade a ponto de ser considerado decisivo. Um amigo denomina esse tipo de eleitorado de ‘órfãos do capitão’.
CAINDO DO CÉU
As emendas parlamentares sempre vem na hora certa para os deputados socorrerem prefeituras e entidades. É dinheiro para a compra de ambulâncias, equipamentos hospitalares, reformas de unidades de saúde, material cirúrgico, parque infantil, aquecedor de piscina, instrumentos musicais e outras necessidades.
MESMICE
Gosto de conversar com os vereadores interioranos. Ao seu estilo, fazem o relato sem retoques do quadro político em que vivem. As cidades, é claro, continuam divididas em 2 grupos: a favor e contra o prefeito. Mas todos eles reclamam da postura costumeira e insaciável do eleitor sempre à procura (diuturna) de alguma vantagem.
‘MORDIDAS’
Os vereadores questionam – ‘e como fugir delas? ’ São os remédios, o dinheiro para pagar a prestação vencida, a passagem de ônibus, o botijão de gás, o conserto da moto, da bicicleta ou do celular. Os vereadores lembram que o dinheiro do salário normalmente desaparece transformando o status do mandato em mera ilusão.
REELEIÇÃO
Numa pesquisa informal dentre os prefeitos em condições legais de disputa, nenhum deles manifestou vontade de desistir da tentativa de reeleição em 2024. Os argumentos – variando apenas nos termos usados – se referem a necessidade de conclusão do projeto administrativo prometido nas eleições. O poder fascina mesmo!
LEITE AZEDO
Café amigo com o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL). Na pauta os excessos na importação (imposto zero) de leite dos países do Mercosul que prejudica os produtores brasileiros. Nogueira acredita na aprovação da PDL para derrubar aquela resolução do Governo Federal – sob pena do leite nosso perder a competividade pelo preço baixo no mercado.
‘DROGAS’
Confusa essa questão do tráfico & consumo. A realidade difere da justiça que está discutindo a quantidade de maconha a ser permitida, como se os envolvidos e interessados no assunto tão delicado fossem sérios. Desse jeito a polícia, os usuários e os traficantes terão que usar a balança para aferir o peso da droga nas mais diferentes situações. Ora! Não é difícil prever no que isso vai dar.
MUTRETAS?
Depende o olhar de análise. A onda de apostas nas partidas de futebol – com propagandas em horários nobres da TV. Provocando interrogações. Qual a garantia de lisura de procedimento? Quem estaria por trás destas empresas? Será que estariam recolhendo os tributos? E até onde as manipulações descobertas serão divulgadas?
MEIA VOLTA?
Não, ela fica! Na política o status do cargo vale mais do que a coerência. Situação no mínimo desconfortável da ministra Simone Tebet (MDB) pelo esvaziamento de sua pasta, onde restou pouco a fazer. A nomeação do presidente do IBGE sem ela ser ao menos consultada mostra seu desprestígio no Governo.
O CURIOSO
Leitor volta a questionar a ‘mágica’ de alguns políticos que conseguem ficar ricos ocupando cargos eletivos e sem tempo para atividades na iniciativa privada. Diz ele: “ (-) …uns usam terceiros comprando fazendas, outros preferem dólares e há até quem estaria no comércio de veículos através de ‘laranjas’… (-)”