Com a chegada do período chuvoso na capital baiana, a Prefeitura tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses, e que aparece com maior incidência nesta época do ano. Com isso, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está inspecionando escolas das redes municipal e estadual – até abril deste ano, 305 unidades escolares municipais foram inspecionadas. Neste mês de maio, o foco das equipes do CCZ é alcançar as escolas estaduais com as inspeções e ações educativas.
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Mário Altenfelder, no Lobato, é uma das escolas que receberam a ação preventiva do CCZ. Diretora da unidade escolar, Graça Oliveira destacou a importância do trabalho cauteloso desenvolvido no local. “Os agentes de endemias são muito efetivos e estão sempre presentes na escola. Isso é essencial, porque assim temos cuidado e controle com essa demanda das arboviroses. Na visita aqui, os agentes identificaram pontos onde poderiam se tornar focos do mosquito e nos orientaram com sua expertise para ficarmos mais atentos”, contou.
Crianças multiplicadoras – Para a gestora escolar, esse cuidado é essencial principalmente porque a unidade trabalha com o público infantil. “Essa parceria com a zoonoses é importante porque as crianças permanecem muito tempo na escola. Temos turmas de tempo integral e precisamos ter o cuidado redobrado com a saúde e bem-estar delas”, pontuou. A unidade escolar, com capacidade para até 873 alunos, atende do Grupo II ao 4º ano do Ensino Fundamental.
De acordo com a subcoordenadora de Ações de Controle de Arboviroses de Salvador, Cristina Guimarães, as instituições de ensino foram escolhidas como foco das ações neste período pelo alcance que podem dar ao assunto. “Com a intensificação das chuvas, há um aumento também no número de casos de arboviroses. Mas o que as crianças aprendem na escola, acabam levando para casa, tornando-se multiplicadores do conteúdo. As crianças em fase escolar têm essa sensibilidade e característica. Então, através delas, mais pessoas são impactadas pelas orientações”, explicou.
Exterminar criadouros – Durante as visitas de inspeção nas escolas, as equipes do CCZ identificam focos de proliferação do mosquito ou possíveis criadouros para que sejam exterminados, aplicam larvicida quando necessário, fornecem informações à equipe técnica da instituição e conversam com o corpo acadêmico para incentivar o diálogo com as crianças sobre a importância de combater o mosquito.
Cristina ressaltou ainda que, caso algum cidadão tenha dificuldade de remover um foco do mosquito de alguma área, pode pedir auxílio ao município. “É uma responsabilidade compartilhada com o cidadão. Mas, se existir um local onde o morador tem dificuldade e não consiga retirar o foco, ele pode solicitar o apoio municipal através do telefone 156. Lembrando que o morador é o responsável por fazer essa remoção na sua residência e o acompanhamento. O agente é um suporte”, detalhou.
Reforçar a vedação de caixas d’água, verificar vasos e pratos de plantas, descartar vasilhames e utensílios que podem acumular água são medidas recomendadas no combate ao mosquito Aedes aegypti e a consequente transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Foto: Lucas Moura/Secom