A noite da quinta-feira (18) foi marcada por homenagens a 20 mulheres que se destacam na luta pelo fim da violência doméstica e familiar contra o público feminino no estado. A premiação foi concedida através da quarta edição do projeto “Tambores Pelo Fim da Violência – Tocar Pode, Bater Não”, realizado no Teatro Gregório de Mattos (TGM), no Centro.
Elaborado pelo Instituto A Mulherada e com apoio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), o projeto também integra as comemorações pelos 22 anos do instituto. Dentre as homenageadas nesta edição estiveram a titular da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) e a diretora de Políticas para as Mulheres da pasta, Fernanda Lordêlo e Fernanda Cerqueira, respectivamente, além da comandante da Ronda Maria da Penha, a major Tereza Raquel.
Esforço e trabalho – Fernanda Lordêlo parabenizou a iniciativa do instituto e reforçou a importância do trabalho desenvolvido em rede para combater a violência contra o público feminino. “É importante porque o reconhecimento é sempre bem-vindo. Nosso trabalho é árduo. A luta para combater a violência contra a mulher não é um trabalho fácil, mas o reconhecimento vem do esforço que estamos fazendo. Fico muito feliz e parabenizo A Mulherada e todos os órgãos que se preocupam em sempre estar cuidando, presenteando e homenageando pessoas que estão buscando fazer a diferença para as mulheres da nossa cidade”, reforçou.
A major Tereza Raquel, comandante da Ronda Maria da Penha, afirmou ser uma honra receber a homenagem, pois, a partir do momento em que as mulheres ocupam os mais diversos espaços, servem de referência para que outras possam alcançar postos ainda mais altos. “Quando a gente passa a trabalhar com os equipamentos de enfrentamento à violência contra a mulher, a gente consegue compreender a importância de todos os demais que vêm nessa rede fortalecer esse apoio. A Mulherada fortalece essa luta diária do enfrentamento não só a violência, mas pela busca de todas nós mulheres de espaço, reconhecimento e respeito. Então, ser homenageada pra mim é uma honra. Obviamente, não só por estar à frente neste momento de um equipamento, mas também enquanto mulher”, reforçou.
Programação cultural – A noite contou com exibição de vídeo abordando a temática da violência, distribuição de material informativo com canais de atendimento à mulher explicando a lei que engloba o feminicídio, sua classificação e pena atribuída ao crime, dentre outras questões relativas à temática. A programação teve ainda apresentação musical, poesia e dança para reforçar a importância do enfrentamento à violência praticada contra as mulheres no âmbito doméstico e familiar na Bahia.
Voluntária do Instituto A Mulherada, Mônica Kalile falou sobre a importância da premiação para a cidade. “Dizemos para as mulheres que elas não estão sozinhas e que acreditem na rede de proteção para cessar a violência e punir seu agressor. A mensagem da cultura da não violência contra as mulheres. O lar tem que ser lugar de amor e respeito e todas as mulheres merecem uma vida sem violência”, finalizou.
Foto: Lucas Moura/Secom