Estudantes, professores(as), pesquisadores(as), agricultores(as) experimentadores(as), gestores(as) públicos (as) e técnicos de assistência técnica e extensão rural (ATER) lotaram o auditório do Colégio Thales de Azevedo, nesta quinta-feira (15), para participar do VI Simpósio de Pesquisas e Experiências em Agricultura Familiar, para debater sobre o tema: Expressões de Gênero, Raça, Juventude e a Economia da Agricultura Familiar no Territórios Baianos.
O evento, que é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR), por meio da Coordenação de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica (Cepex), em parceria com a Rede Baiana de Ensino, Pesquisa e Extensão em Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, integra a programação técnica da 13ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que acontece até este domingo (18), no Parque Costa Azul, em Salvador, com entrada gratuita.
O objetivo foi identificar, estimular e disseminar pesquisas e experiências técnico-científicas e populares em agricultura familiar desenvolvidas na Bahia. De acordo com o coordenador da Cepex, José Tosato, o Simpósio reúne conhecimentos científicos, técnicos, ancestrais, experimentais, tradicionais e sistematiza esses conhecimentos em uma publicação.
“São selecionados trabalhos de extensionistas, pesquisadores(as), universidades, de estudantes escolas de educação profissional, agricultores(as) experimentadores(as) e eles(as) apresentam aquilo que têm realizado em termo de pesquisa e experiência e submete a um grupo de especialistas que avaliam esses resumos expandidos, com todas as informações necessárias para a etapa de sistematização. Então, é bastante importante porque a agricultura familiar precisa de informação para melhorar a sua produtividade, ganhar sustentabilidade e aprimorar as suas experiências”, ressaltou Tosato.
Jurandi Anunciação de Oliveira, agricultor experimentador do município baiano de Cafarnaum, que apresentou a experiência que desenvolve em sua propriedade com a produção em sistema agroflorestal, agroecologia e sintropia, falou da importância do evento para disseminar esses conhecimentos para as futuras gerações. “É muito importante para a difusão dos conhecimentos, das experiências e a expansão dos trabalhos, sabendo que precisamos ter os jovens inseridos nesse trabalho, nessas atividades, sabendo o contexto de cada coisa, do que é economia solidária, do que é sistema agroflorestal, com uma sustentabilidade de fato”.
Letícia Jalil, professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Grupo de Trabalho (GT) Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), prestigiou o evento e parabenizou o Estado da Bahia por estar retomando esse processo presencial. Ela destacou que é fundamental essa construção do conhecimento coletivo, juntando diversos atores, presencialmente. “Eu sou uma defensora do contato físico, da troca de experiências, também da escuta ativa. Eu acho que um espaço como esse não é só provocador, mas é também propositivo e nos traz elementos para a gente voltar para os nossos territórios e nossas realidades, com novas chaves de respostas para os problemas vivenciados localmente”.
A 13ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com a Federação da União das Cooperativas da Agricultura Familiar (Federação Unicafes – Bahia), e conta com o apoio da Bahiatursa, Conder, secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Planejamento (Seplan), e Educação (SEC).