Quem quiser conhecer as produções oriundas das oficinas artísticas da Fundação Cidade Mãe (FCM) pode conferir a Galeria de Artes da instituição, situada na sede da FCM, no Engenho Velho de Brotas. A galeria funciona de segunda a sexta-feira, sempre das 9h30 às 16h, e os interessados em agendar uma visita podem entrar em contato com o responsável pelo espaço, Marcos Palmeira, através do telefone (71) 3202-2411.
O espaço tem como objetivo promover o conhecimento e despertar o interesse da sociedade por criações artísticas, além de apresentar obras produzidas pelas crianças, adolescentes e jovens assistidos pelo órgão, nos Centros de Convivência Socioassistencial (CCS) e nas Unidades de Acolhimento Institucional (UAI). No local, os visitantes podem conferir peças como esculturas, pinturas e gravuras, muitas utilizando material reciclável, no sentido de despertar a consciência para a sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
De acordo com a presidente da FCM, Isabela Argolo, a galeria estimula a produção de arte no público infanto-juvenil. “Em Salvador, hoje, não existe um espaço específico para divulgação das obras. A nossa galeria é um equipamento aberto para toda a cidade”, declara.
O start para as visitações foi dado com os próprios estudantes da FCM, que fizeram todo o percurso da galeria e, ao final, ainda participaram de uma atividade artística. “Foi maravilhoso perceber a alegria e entusiasmo das crianças ao ver as obras expostas, percebendo a identidade, pertencimento e o valor de cada um. Já estamos preparando a próxima exposição e quem tiver interesse em participar, escolas, comunidade, vamos abrir as portas para o grupo externo. Nós gerenciamos o equipamento, mas ele é de estímulo à cultura da cidade”.
Sonho – Com idades entre 8 e 24 anos, os jovens aprendizes e assistidos pela FCM desenvolvem habilidades, potencialidades e o autoconhecimento. Durante as capacitações, meninos e meninas expressam perspectivas, dores, emoções e sonhos. Segundo Isabela Argolo, a arte é utilizada como veículo de transformação social e pessoal e permite um novo olhar para o futuro.
“Muitos meninos que olham a obra exposta nunca sonharam que seriam capazes de fazer aquilo. Um dos impactos é despertar o potencial que cada um carrega, não só brilhar internamente, mas que outras pessoas conheçam e reconheçam, saindo das quatro paredes. Não é somente a arte pela arte, mas despertando o sonho, mostrando que eles podem ter um futuro diferente, e esse estímulo é conduzir a um movimento novo. Quem acredita na missão, é o primeiro a ser transformado”, concluiu.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom