Para proporcionar melhor qualidade de vida, além de consciência corporal e socioemocional dos assistidos da Apae Salvador, o Subúrbio 360 e o Centro Especializado em Reabilitação (CER II) formaram uma parceria para atender os pacientes assistidos no local, através de práticas esportivas ministradas pelos educadores físicos do 360. A atividade acontece na sede do equipamento municipal, em Coutos.
As atividades têm caráter lúdico, desportivo adaptado, cultural e recreativo, e estimulam o desenvolvimento das competências sociais, cognitivas, motoras e comunicativas dos pacientes, além de aumentar a sua autonomia nas atividades de vida diária. As práticas permitem também que as famílias cuidadoras participem de forma integral das ações propostas, desde atividades esportivas até as oficinas futuras.
As aulas acontecem toda segunda-feira, na quadra do Subúrbio 360, ministradas por uma equipe composta por três profissionais de educação física e um fisioterapeuta. Os pacientes são divididos em três turmas, formadas por adultos e idosos portadores de deficiências físicas e motoras, bem como crianças portadoras de necessidades especiais de diferentes idades.
De acordo com Ednilson Lima, professor de educação física do Subúrbio 360 há dois anos, a iniciativa atende em sua maioria pessoas com dificuldades motoras, cognitivas, além de portadores da Síndrome de Down, indivíduos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e autismo. A intenção é gerar uma melhora física e emocional no quadro desses alunos.
“Aqui, os pacientes conseguem melhorar e desenvolver novas habilidades físicas e motoras. A cada aula é um novo desafio. Nós estimulamos esses alunos a se superarem a cada execução. E não somente no lado físico, esse também é um ambiente de convívio e interação social, uma vez que as atividades são desenvolvidas em grupo e os familiares também podem acompanhar e assistir o desempenho dos pacientes durante as práticas”, contou.
Impacto – Dentre os participantes do projeto está Roberto de Jesus, morador do bairro de Alto de Coutos e assistido do CER II há pouco mais de um ano. Ele conta que sofreu um acidente vascular cerebral e a patologia acabou provocando limitações, mas as aulas de educação física o ajudaram no aperfeiçoamento da execução de movimentos básicos que ele não conseguia realizar anteriormente.
“Antes, eu não conseguia me movimentar. Hoje, isso se tornou uma tarefa muito mais fácil. Já consigo levantar os meus braços, coisa que eu não conseguia fazer antes, e isso graças aos estímulos que estou tendo nas aulas aqui”, comemorou.
Foto: Bruno Concha/Secom