Quatro bairros de Salvador serão alvos de uma mobilização estratégica contra a leptospirose, nesta terça-feira (14). A atividade realizada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), inclui ciclos de visitações, monitoramento e intervenção química em bocas de lobo, córregos e canais para reduzir a população de ratos e minimizar os riscos de transmissão. Os locais a serem visitados nesta terça-feira (14) e no dia 21 de junho, das 9h às 12h, são a Rua São Francisco, no bairro de Paripe; 1ª etapa de Castelo Branco; Rua Jaime Guimarães, em Macaúbas, e Rua Acailândia, no bairro de Massaranduba.
Segundo a chefe do Setor de Vigilância e Controle das Zoonoses, Cristiane Yuki, o período de chuvas requer bastante cuidado, já que fica mais fácil ter contato com água contaminada, especialmente nas ruas. “Estamos intensificando medidas de prevenção da doença como a aplicação de raticidas. Não dá para esquecer que cada cidadão é o agente da própria rua e deve ter noção de que hábitos como evitar lixo nas ruas e como acondicionar melhor os resíduos ajudam bastante a reduzir as ocorrências da leptospirose”, explica.
Além da estratégia focada, as ações de rotina e bloqueio prosseguem normalmente nos 12 distritos sanitários. Para denunciar focos de roedores, o cidadão pode ligar no Fala Salvador, no número 156.
Leptospirose – A leptospirose é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada leptospira, presente principalmente na urina de roedores, transmitida ao homem. Em situações de enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama tornando vulnerável qualquer pessoa que tiver contato com a água da chuva ou lama contaminadas. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.
Os sintomas mais frequentes da leptospirose são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são a febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas mais graves, geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais.
Foto: Bruno Concha/Secom