As escolas da rede municipal de ensino de Salvador participam, até esta sexta-feira (10), da primeira etapa de uma autoavaliação participativa, com o objetivo de monitorar a qualidade da oferta da educação infantil em cada unidade escolar que atende à educação básica. A iniciativa é promovida pela Secretaria Municipal da Educação (Smed) e envolve toda a comunidade escolar.
Em uma das unidades, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Virgem de La Almudena, no Candeal, a ação foi realizada na última quarta-feira (8). Na ocasião, estiveram presentes pais, membros da comunidade, líderes comunitários e parceiros da unidade, a exemplo da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Conselho Tutelar e Unidade de Saúde da Família do Candeal (USF).
Mãe do pequeno Daniel, de cinco anos, Charlene de Jesus contou que estreitar os laços entre a escola e as famílias é um dos principais passos para qualificar ainda mais a educação na unidade. “Esse momento é muito importante para melhorar a visão de todos para que a educação seja ainda melhor para os nossos filhos. Me chamou atenção o avanço em promover parcerias com instituições para cuidar das nossas crianças de forma integral e a vontade de aproximar ainda mais os pais da escola”, relatou.
Fatores e indicadores – A etapa realizada na escola na quarta-feira foi a autoavaliação, que analisou diversos critérios ligados ao planejamento institucional; multiplicidade de experiências e linguagens: interações; promoção do bem-estar e saúde; espaços, materiais e mobiliários; formação e condições de trabalho dos professores e demais profissionais; e a intersetorialidade e território. A próxima será o planejamento das ações que ocorrerão no próximo período. A previsão é que a reunião para o planejamento ocorra daqui a três meses.
A diretora do CMEI, Isa Coutinho, explicou que a avaliação envolve o funcionamento escolar dos pontos de vista externo e interno, atrelado a 184 fatores e 28 indicadores. “É um novo olhar para este segmento que está crescendo a cada dia. Vemos cada vez mais a necessidade de introdução das crianças nos ambientes educativos. Nossa escola é inclusiva e estes indicadores contém a necessidade desta clientela, que antes não era tão escutada. Esperamos que, a partir deste planejamento, a gente possa ampliar as conquistas para educação infantil”, contou.
Professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Feizi Milani explicou que a faculdade desenvolve ações educativas do campo da saúde com as crianças e seus familiares há 13 anos. Essa parceria, pontuou, gera resultados positivos para todos os envolvidos, possibilitando que eles também possam contribuir na qualificação do ensino ofertado aos pequenos.
“Achei muito interessante essa autoavaliação, pelo fato de ser participativa, democrática e de envolver não só a equipe da escola, mas os pais, pessoas da comunidade e o grupo da faculdade que está aqui toda a semana e conhece a instituição em uma certa medida. Espero que os pontos identificados depois sejam transformados em ações e projetos para melhoria da escola”, reforçou.
Conselheira tutelar que atua no bairro, Cintia dos Santos Batista também é mãe do pequeno Vinicius dos Santos, do Grupo V. Ela contou que a avaliação é importante porque abre espaço para os familiares demonstrarem suas impressões sobre a escola. “Algo que se destacou muito na conversa foi em relação ao espaço e ao material didático. São dois pontos positivos e estamos muito satisfeitos”, concluiu.
Foto: Otávio Santos/Secom