“É natural que as especulações aumentem nesse período de definição de chapa. Temos dialogado muito com os nossos aliados, com os partidos e parlamentares. Eu, enquanto presidente, mas também Wagner e Rui que são nossas maiores lideranças, temos feito o exercício de ouvir bastante, projetar cenários e volta e meia isso vira alvo de especulação. É natural. Mas o PT é um partido grande, plural, que prima muito pelos processos coletivos e respeito às instâncias. Qualquer definição ou atualização da nossa tática eleitoral será discutida e aprovada nos fóruns adequados”. Éden Valadares, presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia.
Defesa
Defensor de que o grupo liderado pelo Partido dos Trabalhadores na Bahia atue em torno da pré-candidatura do senador Jaques Wagner (PT), o deputado federal Valmir Assunção (PT) diz que a sua sigla não pode deixar de concorrer à sucessão para o governo da Bahia em outubro deste ano. Assunção defende, em nota encaminhada ontem a esta coluna, que Rui Costa (PT) fique até o final de seu mandato para ajudar a eleger o novo governador.
Condição
No mesmo dia em que o senador Jaques Wagner (PT) informou à bancada petista que não quer ser candidato na eleição deste ano, o senador Otto Alencar (PSD) indicou a aliados que até poderá aceitar a missão de concorrer ao Governo da Bahia, desde que tenha estrutura e a base unificada em torno de seu nome. O senador do PSD já tem o aval do ex-presidente Lula (PT), que afirmou que Otto pode ser candidato ao que quiser que terá o seu apoio. Mas enfrenta as arestas de uma base que rachou após recuo de Wagner e a decisão do governador Rui Costa (PT) de ser candidato ao Senado.
Apoio
A provável pré-candidatura do senador Otto Alencar (PSD) ao governo da Bahia já tem o apoio do Avante, que declarou apoio por meio do deputado Pastor Isidório, do PP e do PCdoB e do deputado federal Bacelar (Podemos). Para sacramentar a ideia como realidade, faltam ainda as declarações do PT e do PSB. Ao declarar apoio a Otto, o deputado Bacelar destacou a experiência do senador, que já foi governador, vice-governador e deputado. “Dentre os políticos baianos, é o que mais conhece as bases do estado”, disse o presidente estadual do Podemos. Nesta sexta-feira (25), lideranças e parlamentares do PT manifestaram insatisfação com a escolha de Otto Alencar (PSD) para substituir Jaques Wagner (PT) como nome do grupo para suceder Rui Costa. Defendem que a retirada do nome de Wagner deve ocorrer nas instâncias partidárias e não pela imprensa.
Apoio
O ex-deputado federal Marcos Medrado (PP) disse ontem que ratifica seu apoio à chapa com Otto Alencar (PSD) para o governo e Rui Costa (PT) ao Senado. Medrado afirmou acreditar, principalmente, na liderança do governador do Estado, cuja avaliação é excelente na Bahia, e no envolvimento do ex-presidente Lula para tornar a campanha governista vitoriosa.
Wagner na cabeça
O deputado estadual Paulo Rangel (PT) declarou, ontem, que entende que o candidato do Partido dos Trabalhadores ao Governo da Bahia é Jaques Wagner. Ele defende que o PT deve encabeçar a chapa para a sucessão do governador Rui Costa. “Essa é a minha opinião e o que eu defendo. O companheiro Wagner continua sendo o candidato do PT para governador. E o senador Otto Alencar merece ser candidato à reeleição pelo excelente trabalho que fez naquela Casa”, declarou o deputado petista.
Vai emagrecer
A União Brasil, que uniu PSL e DEM, vai emagrecer quando os bolsonaristas abandonarem a sigla para seguir o presidente que se filiou ao PP.
PSDB rachado
O PSDB está rachado de alto a baixo. Boa parte não apoia a candidatura de João Dória. O postulante derrotado Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, deveria se submeter ao resultado da prévia realizada pelo partido. No entanto, a mosca azul lhe abriu novos horizontes no PSD, partido que pode transformá-lo em candidato à presidência da República. Se isso ocorrer, políticos ligados a uma e outra legenda vão procurar novas posições para terem mais chances nas eleições de outubro próximo.
Pródromos da eleição
É o momento que os antigos chamariam de pródromos da eleição de outubro de 22. Depois de abril, será possível fotografar quem pertence a que partido. A divisão de forças ficará mais clara. Mas há uma segunda complicação: a construção das federações de partidos que deve estar concluída até 31 de maio.
O tempo é curtíssimo. Montar este casamento partidário, com duração mínima de quatro anos, é difícil. Só os nanicos vão aderir sem maiores questionamentos, porque eles não conseguem ultrapassar a cláusula de barreira.
União e MDB, sem acordo
Correm em Brasília negociações para fazer a federação entre o PSDB e o MDB. Se emplacar, afeta o painel baiano, onde os emedebistas inclinam-se por fechar com o governo e os tucanos são fechados com ACM Neto.
Cogitou-se também uma federação que inclui os dois e mais o União Brasil, que resulta da fusão entre o PSC de Luciano Bivar e o DEM de ACM Neto.
Bebeto, torcedor número 1 da candidatura de Wagner
Duas vezes deputado federal, hoje vice-prefeito de Ilhéus, sua terra, Adalberto Galvão, o Bebeto (PSB), é um dos olhares mais atentos aos movimentos da política estadual. Quando a cotação de Wagner como candidato ao governo era única, virou o grande torcedor. Quando surgiu o nome de Otto, ele, que já era chamado de ‘senador’ nas rodas de amigos, esfriou.
O vai e vem dos anseios de Bebeto tem uma explicação simples. Além de vice-prefeito, ele também é o primeiro suplente de Jaques Wagner no Senado. Ou seja, Wagner governador, ele ganharia quatro anos de mandato de senador sem delongas.
Com Otto no governo ainda teria a chance de assumir se Wagner virar ministro. Atualmente a cotação está meeira.
Vilas Boas ainda avalia
Abordado sobre a opção partidária para tentar um mandato de deputado federal este ano, Fábio Vilas Boas, o ex-secretário da Saúde do Estado, diz que ainda está avaliando:
— Eu, como quase todos no mundo político que vão entrar na disputa este ano, , estamos esperando para ver como ficam os cenários nacional e local.
Ele vem trabalhando com três possibilidades de partido, MDB, PV e PSB.
Pulando fora
De um bolsonarista, empresário, que está em Porto Seguro descansando estes dias ‘até depois do Carnaval’, ao ser abordado sobre a disposição de ir a uma guerra, já que Bolsonaro apoia a Rússia (não diz, mas sim) na questão da Ucrânia:
— Ir pra guerra, eu?! Vim pra cá em busca de paz, amigo!
Velho projeto
A candidatura da médica Raíssa Soares ao Senado na chapa de João Roma não causou surpresas em Porto Seguro. Bolsonarista, ela renunciou à Secretaria de Saúde lá em novembro dizendo que ia correr atrás disso.
Deus e o diabo
Alden está fazendo dobradinha com o Soldado Prisco (PSC), e pelas postagens e afins, delimita com clareza os caminhos a seguir, vai brigar pelo apoio do pessoal da PM e também de aficcionados por armas e afins.
Já Talita é bolsonarista, mas faz a linha light. Convém lembrar que Alden se elegeu com 39.732 votos, foi dos menos votados. Talita teve 26.096, foi menos ainda. Os outros evangélicos da Alba, José de Arimatéia e Jurailton Santos, do Republicanos, Josaphat Marinho (Patriotas), Samuel Júnior (PDT, ainda) e Kátia Oliveira (MDB) vão tentar a reeleição. E Carlos Ubaldino apoia a filha.
Roma firme na candidatura
Em entrevista ontem à Rádio Brado, que defende Bolsonaro e seus aliados, João Roma, ainda ministro da Cidadania (até o fim de março) diz que a candidatura dele ao governo permanece firme e forte.
— Já estou com a roupa da festa. Muita gente me encontra na rua e praticamente me pega pela beca e diz: ‘você não vai deixar a gente sem opção, não é?’.
Só falta ele definir se vai para o PL de Bolsonaro ou não.