Os sucessivos aumentos dos combustíveis e gás de cozinha não são os únicos fantasmas que rondam este ano de 2022. A projeção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aumento no preço da energia elétrica neste ano é de 21%. Esta estimativa é assustadora, uma vez que o consumo é cada vez maior e o cidadão ou empresa dependem de energia elétrica para tudo que faz. Essa conta vai apertar a renda familiar e afetar os preços do comércio e indústria, ajudando a alavancar a inflação que também será crescente.
O jeito é buscar alternativas para diminuir essa conta. O uso consciente de eletrodomésticos e eletrônicos, os horários de uso de aparelhos que possuem mais consumos e outras tradicionais dicas de economia doméstica ajudam a minimizar o impacto, mas não resolvem o problema. Tudo indica que o brasileiro terá um ano de contas altas e atualização constante de seu orçamento para não ver sua economia ser devorada pelas tarifas e reajustes de preços.
Uma das alternativas crescentes é a implantação do sistema próprio de geração de energia fotovoltaica, conhecida popularmente como energia solar. No Brasil, o sistema está em franca expansão. A partir de um painel de placas solares, que é instalado na residência, empresa ou indústria, o sistema fotovoltaico permite que pequenas usinas sejam criadas minando a necessidade de uso da energia vinda da rede elétrica convencional.
No ano passado esse setor cresceu 67% em relação ao ano anterior (2020). O negócio é visto como vantajoso, apesar do alto investimento, porém, o retorno acontece entre 3 a 5 anos dependendo do potencial de geração própria. Como a projeção da Aneel jamais dará errado para menos, podendo até surpreender com maior reajuste, as taxas de créditos para financiamento de estação fotovoltaica acaba sendo compensador ao diluir o valor em longos meses.
Essa fonte limpa de geração elétrica é interessante e vantajosa, mas o País precisa criar meios para a popularização do sistema e proporcionar que mais pessoas possam sair do embaraço de tarifas caras e constantes reajustes. Geração própria de energia poderia entrar na pauta de políticas públicas neste país cheio de desigualdades e de enorme dimensão territorial.