O Governo do Estado publicou o edital de licitação para a concessão do Palácio Rio Branco à iniciativa privada. O imóvel localizado no Centro Histórico de Salvador deverá ser transformado em um hotel de luxo. O valor mínimo estimado é de R$ 26,5 milhões.
A empresa que ganhar a concessão terá que manter as características arquitetônicas originais do prédio, que já foi a sede do Governo da Bahia, e o Memorial dos Governadores que existe no local. O edital completo da licitação está disponível no site da Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA).
História- O palácio começou a ser construído pelo primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, em meados do século XVI, para ser o centro da administração portuguesa. No início era de taipa de pilão, recebendo posteriormente pequenas ampliações. Teve várias funções, como quartel e prisão, e abrigou Dom Pedro II em 1859, durante visita do imperador à Bahia.
No fim do século XIX, ainda ostentava a fachada colonial portuguesa. Recebeu então uma profunda reforma, ficando pronto em 1900, na gestão do governador Luís Viana. Passava então a exibir um nobre e imponente estilo neoclássico francês.
Em 10 de janeiro de 1912, o palácio foi um dos pontos atingidos pelo bombardeio efetuado na cidade do Salvador, a mando do Presidente da República Hermes da Fonseca. O prédio ficou praticamente em ruínas. Entre as várias perdas, a mais dolorosa foi a destruíção do rico acervo de livros raros que ficava na parte térrea.
Depois daí, começou a reconstrução, sendo reinaugurado pelo governador Antônio Muniz Sodré de Aragão, em 1919. O palácio reerguido recebeu o nome do Barão do Rio Branco, um dos maiores estadistas brasileiros. Em 1984, foi feita a última restauração completa no prédio.