Investigação descobriu que miliciano destruía cada aparelho e cada chip após usá-los. Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu os aparelhos e irá analisar conteúdo.
Policiais do Rio de Janeiro e da Bahia apreenderam mais seis telefones celulares usados pelo miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega. Segundo as investigações, durante o período em que estava em fuga no interior baiano, o ex-capitão da Polícia Militar fluminense usou 19 aparelhos.
Os celulares foram encaminhados para análise do Ministério Público do Rio (MPRJ). Ao vasculhar o conteúdo nos equipamentos, os investigadores vão tenta encontrar informações que possam auxiliar nas investigações sobre o miliciano e nas relações dele com outros criminosos no Estado do Rio.
De acordo com as investigações, Adriano da Nóbrega usava os telefones como produtos descartáveis. Usava um telefone e um chip uma única vez. Fazendo isso, o objetivo dele era tentar não ser rastreado.
Numa análise preliminar, não foram encontrados programas baixados ou agenda em nenhum dos aparelhos apreendidos. A investigação também descobriu que Adriano só utilizava os telefones celulares em locais com wi-fi gratuito e enviava mensagens de voz para quem se comunicava.
Na Costa do Sauipe, onde Adriano alugou uma casa em um condomínio de luxo, os policiais encontraram seis telefones celulares. No domingo (9), após a morte do miliciano, os policiais encontraram 13 telefones celulares no sítio onde Adriano estava escondido.
Mulher é suspeita de avisar miliciano
Em depoimento prestado na Bahia, o pecuarista Leandro Guimarães disse que na noite de sábado (8), Adriano mexia no telefone celular e percebeu que o miliciano ficou nervoso.
Naquele momento, o empresário disse que Adriano determinou a ele que o levasse para outro local.
A polícia desconfia, ainda, que alguém tenha avisado o miliciano que ele era procurado. Segundo apurou a TV Globo, a mulher de Adriano é suspeita de alertar o marido.
Na noite de sábado (8), segundo a investigação, ela estava com a filha do casal dentro de um carro no interior de Sergipe e teria desconfiado de uma revista feita no veículo por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Em seguida, ela teria ligado para o miliciano.
Por:G1