O prefeito Bruno Reis recebeu, nesta sexta-feira (19), a visita do embaixador da África do Sul no Brasil, Vusi Mavimbela, para discutir possíveis ações conjuntas que visem estimular a conexão entre ambos os entes federativos em diversas áreas, como cultura, turismo e negócios. O encontro aconteceu no Palácio Thomé de Souza, no Centro, e foi intermediado pelo presidente do grupo Olodum, João Jorge Rodrigues.
“Estamos felizes em vir nesse exato momento em que a cidade celebra o mês negro. Cheguei ao Brasil em janeiro e pertenço ao grupo de embaixadores africanos. Apresentei uma proposta para estruturar um comitê do grupo africano aqui no país, especialmente com a Bahia, devido à história e cultura que ambos compartilhamos”, declarou Vusi Mavimbela.
O diplomata disse que, a partir dessa inciativa, a ideia é enviar a Salvador uma comitiva para estreitar diálogo e troca de experiências. Existe, ainda, a possibilidade de que a cidade sul-africana Durban, situada na província de KwaZulu-Natal, firme parceria com o município soteropolitano para fortalecer laços de irmandade e cooperação.
“Salvador é coirmã de diversas no mundo. Acho esse tipo de ação importante para estimular o desenvolvimento. Quanto melhor a gente se relaciona, constrói pontes e laços, mais fortalecidos a gente fica. Será uma alegria para a nossa cidade ter Durban como coirmã”, afirmou Bruno Reis.
O presidente do Olodum, por sua vez, ressaltou a África do Sul como principal polo político e econômico do continente africano e defendeu a necessidade de um intercâmbio de informações, sobretudo nas áreas de turismo e economia criativa.
Ele sugeriu três iniciativas que podem impulsionar essas ações, como a implantação de um centro cultural de negócios e de informação sobre o país africano, captação de voos diretos entre Salvador e Joanesburgo, além de um festival com conteúdo literário e audiovisual a ser realizado a cada dois anos em ambos os locais.
Vusi Mavimbela desembarcou em Salvador ontem (18) e permanecerá até a próxima segunda-feira (22), período em que se reunirá com autoridades públicas, reitores de universidades, organizações da sociedade civil e representantes do movimento negro.
Foto: Valter Pontes/Secom