O Centro de Controle de Zoonones (CCZ), vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vem promovendo, ao longo deste mês de outubro, várias ações para combater a proliferação do Aedes aegypti em Salvador. A iniciativa engloba retirada de ovos do mosquito, distribuição de capas para caixas d’água e mutirões de limpeza, com participação de agentes da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb).
Outra iniciativa promovida pelos agentes é o tratamento dos canais de esgoto da cidade com larvicida biológico, que combate também a infestação de muriçocas. Além disso, as equipes do CCZ também intensificaram a aplicação de inseticida em cemitérios públicos e particulares, visando o feriado de Dia de Finados, em 2 de novembro.
A subcoordenadora de Ações de Controle das Arboviroses, Cristina Guimarães, afirma que o uso das armadilhas tem ajudado no controle da contagem, já que as visitas dos agentes de endemias às residências para a realização do Levantamento Rápido de Ações para o Aedes aegypti estão suspensas, em razão da pandemia da Covid-19.
“Intensificamos as ações em todos os distritos, com mutirões de limpeza em escolas, unidades de saúde, órgãos públicos, feiras e também em centros religiosos”, reforçou a subcoordenadora.
Armadilhas – Na semana passada, os agentes instalaram 402 armadilhas nos Distritos Sanitários de Cajazeiras, Liberdade e Itapagipe. Nesta segunda e terça-feira (25 e 26), as armadilhas foram retiradas e encaminhadas ao laboratório do CCZ. Lá, técnicos farão a contagem dos ovos com o auxílio de um microscópio estereoscópico.
Conhecido como armadilha de oviposição (ovitrampa), este instrumento tem sido apontado como positivo no monitoramento de áreas infestadas pelo mosquito da dengue. Tal ferramenta tem como objetivo estimar a quantidade de fêmeas presentes no ambiente a partir da contagem dos ovos depositados e o nível de infestação. O resultado leva até um mês para ser divulgado.
Ações intensas – “Essas ações que acontecem principalmente nesta época que antecede o Verão são feitas de forma mais intensa, já que os casos de proliferação aumentam, em razão da combinação de chuvas e altas temperaturas e chuvas”, disse Cristina. O trabalho dura todo o ano e engloba todos os Distritos Sanitários de Salvador, sendo três deles visitados a cada três meses, totalizando os 12 distritos ao final do ano.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom