Situada em um dos pontos turísticos mais visitados em Salvador, o chafariz do Terreiro de Jesus volta a operar após cerca de dois anos parado. Com investimento de R$28,3 mil e duração de dois meses, as obras foram executadas pela Secretaria Municipal de Manutenção (Seman), através de recursos disponibilizados pela Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).
Para que voltasse a funcionar o equipamento em estilo neoclássico, foram necessários a reposição dos mármores danificados e o fechamento de buracos nas paredes e pisos que ocasionavam fuga d`água. Além disso, foi promovida a substituição de todo rejunte entre as pedras, limpeza da fonte com antifúngico e impermeabilização das paredes e dos pisos.
“Estamos recuperando nossos equipamentos turísticos que fazem parte do patrimônio histórico de Salvador. Além de deixar o local mais bonito, o funcionamento da fonte ajuda a atrair ainda mais turistas e soteropolitanos para o Pelourinho. São ações desse tipo que comprovam o sucesso em Salvador ter se tornado o destino mais vendido em 2020 em plena pandemia”, afirma o secretário da Secult, Fábio Mota.
História – O chafariz foi inaugurado no Terreiro de Jesus, em 8 de dezembro de 1856 – dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Fazia parte do ousado sistema de águas do Queimado, o primeiro de água encanada do Brasil. A entrega do equipamento ocorreu em conjunto com outros chafarizes, como o da Água de Meninos, o da Praça do Comércio, o do Largo do Theatro e o da Piedade.
Suas alegorias representam riquezas e características da Bahia. É encimado por uma escultura de Ceres, deusa da fertilidade e da abundância agrícola. A base de seus pés é adornada com taboas, planta da família das tifáceas, comum no Brasil. Embaixo da primeira bacia de ferro fundido estão quatro meninas de mãos dadas.
Mais embaixo, está uma bacia poligonal ornada com delfins, guirlandas e conchas marinhas. As esculturas da base (duas de entidades femininas e duas masculinas) representam os quatro principais rios da Bahia: Jequitinhonha, Paraguaçu, Pardo e São Francisco. Essas esculturas são do artista francês Mathurin Moreau, que chegou a dirigir, por algum tempo, a fundição Val d’Osne
Foto: Jefferson Peixoto/Secom