As ações de ordenamento da cidade e a atuação da Guarda Civil Municipal (GCM) em Salvador foram algumas das experiências conhecidas pelo titular da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS) de Maceió, Thiago Prado, nesta quarta-feira (22), em visita à capital baiana. Pela manhã, o gestor participou de uma apresentação entre gestores, conheceu as dependências da Semop e da sede da GCM na Avenida San Martin.
À tarde, Prado percorreu algumas ruas do Centro, acompanhado da titular da Semop, Marise Chastinet, e do diretor de Serviços Públicos, Adriano Silveira. Eles passaram por locais como o Largo Dois de Julho (Campo Grande), Praça Barão do Rio Branco (Relógio de São Pedro) e Avenida Joana Angélica.
No Campo Grande, o diretor de Serviços Públicos da Semop explicou como é feito o ordenamento de ambulantes no período natalino, quando o local se transforma em um grande atrativo de visitação devido à decoração e iluminação. No Relógio de São Pedro e Joana Angélica, o gestor observou de perto o ordenamento do comércio informal.
Para o secretário da SEMSCS, uma das características que mais chamou a atenção como exemplo a ser seguido e replicado foi a aproximação entre a administração de Salvador e os vendedores ambulantes. “Verificamos aqui que a linha de trabalho é sempre com o diálogo à frente. Esse é o primeiro mecanismo de ação: estabelecer o diálogo e o contato aproximado para que possamos convencer os trabalhadores quanto à necessidade e importância do ordenamento, tanto para eles como para a cidade como um todo”, disse.
“Salvador é uma grande referência no Nordeste no que diz respeito ao comércio informal, por ser a maior capital da região e o é também do ponto de vista da Guarda Municipal, que hoje é uma grande referência para o Brasil. A guarda tem seis grupamentos especializados, tem toda uma dinâmica de trabalho e conhecer a corporação in loco foi muito importante para replicar essa mesma toada em Maceió”, completou Thiago Prado.
A titular da Semop, Marise Chastinet, considerou muito proveitosa a troca de experiências. “Passamos a manhã mostrando alguns projetos e programas, a exemplo do Sou Salvador, que busca promover o crescimento profissional dos ambulantes por meio de capacitação. Também pedimos apoio em situações que a gente vai começar a encontrar no período pós-pandemia, com a retomada das atividades. Essa troca permite que avancemos cada dia mais, mostrando o que já fazemos de bom e captando ações desenvolvidas em outros estados”.
Encontro – Durante a visita ao Centro, a Semop ainda promoveu um encontro entre o secretário de Maceió e lideranças do comércio informal de Salvador. Dentre eles estiveram o presidente do Sindicato dos Ambulantes, Barraqueiros e Quermesseiros de Salvador (Sindbaq), Paulo Marques, e o presidente da Associação Integrada de Vendedores Ambulantes, Feirantes e Microempreendedores de Salvador e RMS (Assidvam), Mário Lopes.
“Eu acho muito importante esse encontro. Muitos não sabem, mas Salvador é uma das poucas capitais que permitem que façamos o nosso trabalho na rua. Em muitos estados a nossa atuação é proibida, falta diálogo. Aqui nós temos essa oportunidade”, conta Marques. Ele destaca que cerca de 1.500 ambulantes estão distribuídos em 19 áreas organizadas ao longo da Avenida Sete.
“A gestão municipal é uma gestão de proximidade, que busca sempre o diálogo com os ambulantes e respeitando o crescimento do comércio informal, pois nós hoje representamos 53% da economia da nossa cidade. A atividade tem crescido muito, principalmente durante a pandemia, por isso, é muito importante a existência desse diálogo entre a prefeitura e os ambulantes”, acrescenta Lopes.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom