A Prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM), promove a edição do programa Patrimônio É… deste mês de abril com o tema “Patrimônio Náutico da Cidade de Salvador”. A live será transmitida nesta terça-feira (20), às 18h30, no canal da FGM no YouTube, tendo como convidados Marcelo Filgueiras, do Projeto Içar, e Edna França, secretária municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis). A mediação será feita por Gabriella Melo, gerente de Patrimônio Cultural da FGM.
A mesa de abertura será uma prévia para o lançamento da próxima Jornada do Patrimônio Cultural de Salvador, que vai acontecer em agosto. Para Gabriella, a roda de conversa tem o objetivo de despertar o olhar para o que já temos sobre esse patrimônio e a possibilidade de diálogo com outras ações como cultura e turismo na cidade.
Convidada desta edição, a secretária da Secis ressaltou a importância do tema. “É fundamental tornar o patrimônio público popular e a importância de lidar com ele. Também é importante a pauta para estabelecer parceria entre poder público e comunidade para preservar esse patrimônio que é de todos. Quanto mais as pessoas estiverem informadas, mais sucesso a gente vai obter”, diz a gestora.
A secretária vai abordar a criação e situação atual do Parque Marinho da Barra. A delimitação do local, entre o Forte de Santa Maria e o Farol da Barra, não altera o lazer e as práticas esportivas no mar. O que se está estabelecendo, de acordo com Edna, são regras para o controle da pesca e embarcações motorizadas, pois essas trariam impactos negativos para a fauna, flora e para as embarcações naufragadas que se encontram preservadas neste ambiente.
Projeto Içar – A iniciativa comandada por Marcelo Filgueiras é responsável por elaborar a documentação técnica dos saveiros (em processo de extinção) remanescentes na Baía de Todos-os-Santos. Esse projeto terá como resultado a documentação geométrica detalhada dos saveiros, que são representantes importantíssimos no desenvolvimento econômico brasileiro e da manifestação cultural, principalmente até meados de 1920.
“Quando os mestres (que constroem os saveiros) desaparecerem e os barcos afundarem, não teremos mais esse patrimônio e quem leve a profissão adiante. Não é uma construção como um forte ou uma igreja que ficam abandonados por anos e depois você consegue restaurar”, alerta Filgueiras.
Iniciativa – O Patrimônio É… faz parte do projeto Salvador Memória Viva, programa de atividades de proteção e estímulo à preservação dos bens materiais e imateriais do município. A iniciativa aborda a questão do patrimônio cultural em diálogo com a história, memória, arquitetura, espaço público, educação, gestão e economia da cultura.
Além de manter uma pauta fixa mensal para o tema, promove a educação patrimonial e colabora no direcionamento das ações dos institutos de tombamento e registro, bem como das instâncias de salvaguarda. A ação, ainda, instrumentaliza a política municipal para atuar na valorização da memória histórica da cidade.
Foto:Valter Pontes