A região do Centro Antigo de Salvador é repleta de casarões históricos que inspiram cuidados especiais. Caso não haja manutenção adequada, esses imóveis podem sofrer com degradação estrutural provocada pelo tempo e, consequentemente, oferecer riscos à população. Uma das ações promovidas pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) é justamente vistoriar o estado de conservação dessas edificações.
A iniciativa integra o projeto Casarões e acontece de forma rotineira, mas, neste período em que há maior volume de precipitações de chuvas, o monitoramento é intensificado. Só neste ano, equipes do órgão já realizaram 69 inspeções. Em 2020, foram 487 vistorias.
Já são mais de 1,3 mil casarões cadastrados pela Codesal, sendo a maioria deles localizada em áreas do Pelourinho, Baixa dos Sapateiros, Barroquinha, Santo Antônio e Comércio, por exemplo. Através desse processo tem sido possível traçar o diagnóstico de cada estrutura.
Esse trabalho preventivo tem permitido identificar os imóveis com risco alto e alertar os órgãos que cuidam do patrimônio histórico sobre a necessidade da realização de intervenções. A intenção é minimizar o risco de acidentes e, assim, garantir a segurança e a integridade física dos moradores e transeuntes locais.
“Desde 2018 passamos a aprofundar mais esse trabalho de cadastramento, que é realizado independente de recebermos ou não solicitações pelo telefone 199. O projeto é capaz de detectar imóveis não apenas com risco de desmoronamento, como também de incêndio, já que alguns deles apresentam instalações elétricas antigas”, explica a subcoordenadora das Áreas de Risco da Codesal, Rita Jane Moraes.
Procedimento – No caso dos casarões particulares que apresentem estrutura comprometida, as equipes da Defesa Civil notificam os proprietários para que eles façam as intervenções necessárias. Esse trabalho de busca envolve a participação da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) e até da própria vizinhança. No entanto, se o risco de desabamento é iminente, a própria Prefeitura pode realizar a demolição mediante autorização de órgãos responsáveis pela proteção do patrimônio histórico da cidade.
Foto: Bruno Concha/Secom