O sonho de ter um lar próprio se tornou realidade para 132 beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida em Salvador. Os cidadãos selecionados através da iniciativa foram convocados pela Prefeitura nesta terça-feira (13), para assinatura do contrato e entrega das chaves dos imóveis, que ficam no empreendimento Franco Gilberti, em Boca da Mata. O ato simbólico aconteceu na sede da Caixa Econômica Federal (CEF), no Empresarial Dois de Julho, na Avenida Paralela, com as presenças do prefeito Bruno Reis, da vice-prefeita Ana Paula Matos e do secretário de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Luiz Carlos.
Inaugurado em dezembro do ano passado, o Franco Gilberti possui 20 blocos, cada um com 20 apartamentos construídos, totalizando 400 residências. O local já conta com 268 moradores que, após seleção, apresentaram documentação exigida pelo programa para estarem aptos.
Por conta de problemas com a documentação, os demais 132 cidadãos escolhidos para a receber os imóveis no loteamento precisaram refazer os dossiês para serem encaminhados à CEF. A Seinfra, responsável por coordenar o MCMV em parceria com a Caixa, teve papel fundamental nesse processo para agilizar a nova confecção dos dossiês e garantir que as demais famílias recebessem a própria moradia. A iniciativa, inclusive, contemplou mães de crianças com microcefalia, nos apartamentos térreos dos blocos próximos à rua, para facilitar a entrada e a saída do condomínio.
“Estamos felizes de começar esta semana com mais uma etapa do Minha Casa, Minha Vida. O Franco Gilberti está próximo ao Hospital Municipal de Salvador. A região tem serviço de transporte público, lazer e praticamente toda iluminação pública em LED”, destacou Bruno Reis.
Previsão – Desde 2013, por meio do MCMV, a Prefeitura entregou quase 12 mil unidades habitacionais em 24 empreendimentos nas regiões de Fazenda Grande, Ceasa, Pirajá, Coutos, Jardim das Margaridas, entre outros locais. De acordo com o prefeito, a previsão é que mais 1.640 moradias sejam entregues ainda este ano, junto com a Caixa Econômica, nos conjuntos Sol Nascente I, II e III (Barro Duro), Vivendas do Mar (São Tomé de Paripe) e no residencial destinado ao projeto Novo Mané Dendê.
“Ter uma moradia própria traz dignidade, eleva a autoestima. É na casa onde a gente cria e educa os nossos filhos, descansa para o trabalho, recebe familiar para momentos de confraternização. Não adianta requalificarmos a cidade como um todo se o lugar onde a pessoa mora está numa situação ruim. Salvador tem um déficit histórico habitacional e só com muito trabalho e empenho a gente conseguirá mudar essa realidade”, destacou o prefeito.
Ele citou outros projetos habitacionais tocados pela gestão que têm transformado a vida dos soteropolitanos, como o Morar Melhor. Também citou os conjuntos residenciais construídos com recursos 100% municipais, como a Guerreira Zeferina (Periperi) e Barro Branco (Alto do Peru).
Nova vida – Inscrita há cinco anos no Minha Casa, Minha Vida, a dona de casa Sílvia Regina Moura, 43 anos, não conteve a emoção após saber que foi uma das selecionadas para receber as chaves do seu novo apartamento, no Franco Gilberti.
“Eu morava de favor em uma casa que acabou sendo condenada pela Defesa Civil (Codesal) por conta das condições precárias da estrutura. Há dois anos, fui morar com meus pais. Mas sempre falava para eles que meu desejo era ter meu cantinho. Recebi no último dia 31 de março a ligação dizendo que fui selecionada pelo MCMV e para marcar a data de assinatura do contrato. A minha pressão chega subiu na hora”, comemorou ela, que irá para o local com o filho de nove anos.
Outra beneficiada com o programa habitacional, a dona de casa Hebe dos Santos, também com 43 anos, celebrou a conquista. “Morava com minha sogra e acabei sendo despejada de repente após uma discussão. Até então estava na casa de uma prima em São Caetano. Hoje, meu sentimento é de gratidão. Alcançar o sonho de ter uma casa própria, saber que é seu, que não vai ser posta para fora em qualquer momento é uma felicidade imensa”, confessou ela, que vive com dois filhos, uma adolescente de 11 anos e um rapaz de 20 anos.
Foto: Betto Jr/Secom