Cena dos sonhos
Lula será candidato, sim, já dizem grãos petistas. Mas para evitar guerra na rua, lançará um manifesto ano que vem conclamando à paz popular na praça. O presidente Bolsonaro poderia fazer o mesmo. Aliás, cenário dos sonhos de um país civilizado seria um marqueteiro juntar os dois, numa mensagem para a TV, pedindo calma à militância.
Duas datas
A Igreja no Brasil está revoltada com antecipação de feriado de Corpus Christi por alguns Estados, em razão do combate ao Covid-19. A data milenar no calendário cristão é sagrada para a instituição e fiéis. Para todos os efeitos, o cidadão brasileiro vai celebrar dois feriados, incluindo o da data correta.
Foi um guerreiro
Com a morte do senador Major Olímpio (PSL-SP), o presidente Jair Bolsonaro perdeu um “aliado opositor”. Era o único bolsonarista que peitava ele e o questionava.
Fica a pergunta..
..por que o Congresso Nacional, um criadouro de coronavírus, não foi fechado totalmente até hoje? As dezenas de milhões de reais gastos em tecnologia para sessões e votações online não estão funcionando?
Março das Mulheres
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica revela que 71% das oncologistas já se sentiram injustiçadas no trabalho por serem mulheres; 25% já sofreram assédio sexual e 50% já sofreram assédio moral. Apenas 25% das médicas oncologistas ocupam cargos de liderança em seus empregos e 79% recebem salários inferiores aos colegas do sexo masculino, mesmo exercendo a mesma função.
Língua afiada
Roberto Jefferson tem aumentado nas redes sociais suas críticas e ataques ao STF e a ministros. Sua estratégia, para quem o conhece, é clara: Ele provoca a Corte para ser preso. Por quê? Quer provar, na sua tese, de que o Supremo foi intimidador ao mandar prender o deputado Daniel Silveira pelos ataques proferidos.
A tese
Na tese de Jefferson, se ele for preso, perguntará por que não o detiveram antes, por seus ataques notórios serem anteriores ao de Silveira. E se não for preso, continua a questionar a detenção do parlamentar e a considerar seletiva pelo STF. É um plano para vitimizar o bolsonarismo.
Cobrança oficial
O Governo federal começou a fechar o cerco aos governadores diante das seguidas críticas que alguns deles, oposicionistas ao presidente Jair Bolsonaro, fazem sobre a gestão do Ministério da Saúde durante a pandemia do coronavírus. A subprocuradora-geral da República, Lindora Araújo – que no órgão cuida do comitê fiscalizador das verbas – enviou ontem um ofício cobrando informações de todos os Estados sobre: Quantos e quais hospitais de campanha foram construídos no Estado; Quais estão em funcionamento e capacidade; Quais foram fechados e por que; E quais não entraram em funcionamento.
Lupa na verba
O iminente pente fino que o MPF vai passar nestes contratos pode ajudar o discurso de Bolsonaro de que ele mandou muito dinheiro para os governadores, e alguns destes não aplicaram a verba corretamente.
Modo militar
Bolsonaro está oficializando, um pouco mais a cada dia, um governo civil controlado por militares. Esse modelo tem assustado alguns grandes empresários do Brasil, a ponto de questionarem como será uma transição de Governo caso seja derrotado ano que vem.
Vacinas
Há uma preocupação velada – e plausível – dentro do Governo Federal sobre a entrega das vacinas encomendadas dos laboratórios que já tiveram autorização da Anvisa para negociar com o Ministério da Saúde. Ocorre que o governo brasileiro entrou por último na fila das compras, diante dos impasses variados – até o negacionismo do presidente da República e a sua notória desconfiança sobre o produto. Países da Europa que lideram os pedidos mal receberam metade das encomendas. O Ministério divulga que comprou mais de uma centena de milhão de doses, mas não garante quando chegarão. É o maior mico da História da pasta. Não há confirmação da segunda dose suficiente.
Milhões no bolso
Enquanto isso, lobistas dos laboratórios estrangeiros que transitam no Ministério estão faturando US$ 0,50 (cerca de R$ 2,80) com a dupla dose negociada.
Oi colega
Roberto Jefferson segue no esforço de convencer Bolsonaro a se filiar ao PTB para disputar a Presidência ano que vem. O presidente iniciou sua carreira política há mais de 30 anos na legenda, no Rio de Janeiro.
Baixas no Congresso
Em menos de uma semana, o Congresso Nacional perdeu dois membros, ambos por coronavírus. No sábado, 13 o deputado federal Antonio Fávero (PSL-MG) morreu, em Belo Horizonte. Nesta quinta-feira, 18, o senador Major Olímpio (PSL-SP) também não resistiu aos efeitos da covid-19 e morreu.