Prefeitura lança plano municipal de imunização com quatro fases iniciais, contemplando mais de 570 mil pessoas
Assim que receber as doses do governo federal, a Prefeitura pretende iniciar a vacinação contra a Covid-19 no prazo de 48 a 72 horas, contemplando os grupos prioritários em quatro fases. Foi o que revelou hoje (12) o prefeito Bruno Reis, durante a apresentação do plano de imunização municipal, no Complexo Municipal de Vigilância à Saúde, na Avenida Vasco da Gama.
“Assim que o governo federal, por meio da Anvisa, liberar o uso de uma das vacinas, bem como o Ministério da Saúde começar a distribuição nos estados e municípios, já estaremos com a estrutura pronta para proteger a população, inicialmente o público mais vulnerável. Como estamos muito bem organizados, vamos trabalhar para iniciar esse processo em 48 horas após a chegada das doses. Temos estrutura para vacinar milhares de pessoas por dia”, disse Bruno Reis, que estava acompanhado do titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Leo Prates.
Seguindo recomendações do Ministério da Saúde, a Prefeitura vai priorizar, na primeira fase, trabalhadores da saúde, a população idosa com idade igual ou superior a 75 anos, idosos com a partir de 60 anos que vivem em instituições de acolhimento (a exemplo dos abrigos), indígenas, aldeados e comunidades ribeirinhas (quando houver).
Na segunda fase, está prevista a vacinação de pessoas com idade entre 60 e 74 anos. Para a terceira fase, a meta é imunizar pessoas com com comorbidades crônicas, transplantados e obesos. Já a quarta fase será voltada para trabalhadores da educação, pessoas com deficiência severa, membros das forças armadas e salvamento, funcionários do sistema de privação de liberdade, trabalhadores do transporte coletivo, transportadores rodoviários de carga e população privada de liberdade.
No total, o público a ser vacinado nas quatro fases e nos 12 distritos sanitários de Salvador é de 571.847, a maior parte pessoas idosas entre 60 e 74 anos (185.556), seguidos daqueles com comorbidades (149.068) e trabalhadores da área da saúde (102.997). Bruno Reis lembrou que qualquer vacina é bem-vinda, seja de que país for – o governo federal tem acertos para a compra da Coronavac e do imunizante da Oxford.
Centros – “Temos condições de armazenar qualquer vacina, em qualquer temperatura, inclusive a da Pfizer (necessita ser mantida a -75 graus Celsius), pois compramos ultrafreezers para esse acondicionamento”, disse o prefeito. No total, serão 32 centros de vacinação, incluindo nove no sistema drive-thru (os locais estão sendo definidos pela SMS).
Ao todo, serão 202 salas ou baias e 506 boxes de vacinação, com capacidade para a aplicação de 15 mil doses por hora. Os centros de vacinação e as estruturas em drive-thru terão um local específico para a entrada de pessoas ou de veículos e outro para a saída. Esses centros terão áreas para a triagem e uma sala de apoio. Além disso, haverá vacinação em instituições que abrigam idosos e hospitais, bem como domiciliar (quando houver necessidade) e população de rua.
O plano de vacinação contra a Covid-19 prevê ainda os dias e horários de imunização, que será de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, e sábados, domingos e feriados, das 7h às 19h. Para garantir maior segurança à população, a SMS vai capacitar todos os profissionais envolvidos, disponibilizará suporte emergencial nos postos de vacinação e realizará o acompanhamento de eventos adversos pós-vacina. Além disso, profissionais de segurança serão contratados para escoltar o transporte das doses e atuar nos locais de vacinação.
A SMS adquiriu dois furgões refrigerados e locou 55 veículos utilitários para transportar a vacina. E mais: Salvador já conta com um milhão de seringas e agulhas e outras 450 mil já estão em processo de compra. Além disso, serão contratados 400 vacinadores.
Registro – O lançamento do plano de vacinação para a Covid-19 em Salvador ocorre em um momento em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa dois pedidos de uso emergencial da vacina contra a doença no país, um deles foi feito pelo Butantan, para o uso emergencial da Coronavac, desenvolvida em parceria com o laboratório Sinovac, e o outro foi feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para a aplicação emergencial do imunizante produzido em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca.
Foto: Betto Júnior/Secom