A Câmara Municipal de Salvador realizou, nesta quarta-feira (27), uma audiência pública para discutir a Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, enviada pela Prefeitura. Com orçamento estimado em R$12,6 bilhões, a proposta representa um crescimento de 7% em relação a 2024, destacando a manutenção da capacidade de arrecadação e o compromisso da gestão municipal com áreas prioritárias, especialmente as sociais. O prazo para apresentação de emendas à LOA pelos vereadores foi prorrogado até esta sexta-feira (29).
A apresentação inicial da proposta orçamentária foi feita pela diretora de Orçamento da Casa Civil, Ana Nery, com detalhes explicados pelo titular da pasta, Luiz Carreira. A sessão foi conduzida pelo vereador Daniel Alves, presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da Câmara, e contou com a participação da vereadora Marta Rodrigues. Também integraram a mesa o diretor do Tesouro da Prefeitura, Ricardo Gois, e o subchefe da Casa Civil, Moyses Andrade.
Luiz Carreira destacou o crescimento expressivo nos recursos destinados à Saúde e à Educação nos últimos 12 anos. “Na Saúde, saímos de R$900 milhões para R$2,65 bilhões; e na Educação, de R$774 milhões para R$2,59 bilhões”, afirmou. Ele também mencionou que, desde 2018, o projeto Salvador Social injetou US$500 milhões na economia da cidade, promovendo avanços em saúde, educação e assistência social.
Durante a audiência, os investimentos previstos para 2025 nas áreas de saúde e educação foram enfatizados. Na Saúde, os recursos serão destinados à continuidade de obras importantes, como a Maternidade e o Hospital da Criança, além da ampliação da cobertura da atenção básica, que já alcança 70% da população. Na Educação, serão construídas e reformadas 55 unidades escolares, incluindo Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), criando 3,7 mil novas vagas. Esse esforço busca reduzir desigualdades educacionais e garantir uma educação de qualidade para crianças e jovens.
Do orçamento total, 46% serão destinados às áreas sociais, o equivalente a R$5,8 bilhões, enquanto 22% serão direcionados para infraestrutura e mobilidade urbana. As iniciativas incluem a requalificação de vias, a construção de praças, a implantação de ciclovias e a aquisição de 135 novos ônibus, sendo 90 deles elétricos.
Entre os projetos estratégicos previstos, destacam-se a construção de uma Arena Multiuso na Boca do Rio e a requalificação da Bacia do Mané Dendê, que beneficiará 18 mil famílias no Subúrbio Ferroviário, com melhorias em saneamento, habitação e urbanismo.
Foto: Reginaldo Ipê/CMS