Salvador sediou, na manhã desta quinta-feira (19), o I Fórum de Mudanças Climáticas do Norte/Nordeste da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reunindo juristas, gestores públicos e empresários para discutirem os eventos climáticos extremos, alternativas para a descarbonização e para a transição energética no Nordeste e Norte do país. O secretário Eduardo Sodré, titular do Meio Ambiente do Estado (Sema), esteve presente, representando o governador Jerônimo Rodrigues e o Consórcio Nordeste, como coordenador da Câmara Temática de Meio Ambiente da autarquia. O evento aconteceu na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no Stiep.
Durante a cerimônia de abertura, o secretário colocou luz nos trabalhos de prevenção aos incêndios florestais na Bahia, que esse ano saiu da relação dos estados em situação de emergência. Esse ano a Bahia está em 14ª posição em relação aos incêndios florestais. Em 2023, o Estado investiu R$ 491,5 milhões em ações emergenciais e continuadas para mitigação da estiagem e controle dos incêndios nos municípios baianos.
“Nós tivemos o El Niño [ano passado] e agora temos o fenômeno La Niña. Setembro, para a Bahia, é um período crítico, mas estamos conseguindo combater da melhor forma. A gente está atendendo algo em torno de 100 municípios, temos um balanço diário junto ao Corpo de Bombeiros, mas nada fora de controle, bem localizado ainda na região oeste, no Bioma Cerrado”, disse. Ele ainda acrescentou que o foco dos incêndios hoje está no Pantanal e na Amazônia.
Para Daniela Borges, presidente da OAB (seccional Bahia), reunir setores públicos e privados para a construção coletiva de soluções para as mudanças climáticas é o primeiro passo para a mudança também do olhar sobre o clima.
“Nossa preocupação, da OAB da Bahia, é a solução com diversos atores, do setor público, setor privado, sociedade civil, organizações civis, porque a gente tem a convicção de que as soluções passam por pensar, também, de forma coletiva”, avaliou.
O encontro vai até às 18h30, com diálogos sobre litigância climática, investimentos e financiamento climático, políticas públicas para a mitigação das mudanças climáticas; e COP30. Também será criado um grupo de trabalho da OAB do Norte-Nordeste, para dar continuidade à discussão após o fórum.
Foto: Wuiga Rubini/GOVBA