Nesta sexta-feira (19), o Largo do Pelourinho, em Salvador, foi palco da Sexta pela Paz, evento alusivo ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro.
A programação incluiu apresentações de Mariene de Castro, Orquestra Afrosinfônica, Luã Freitas, Banda Didá, Afoxé Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Banda Yayá Muxima e Malê Debalê. Além disso, houve a participação de lideranças de diversas religiões.
A secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais da Bahia, Ângela Guimarães, salienta a importância da data para a conscientização, promoção da igualdade e respeito às diferentes expressões de fé. “Infelizmente, a liberdade religiosa ainda não é uma realidade para todas as pessoas, especialmente para os adeptos de religiões de matriz africana, que continuam sendo as principais vítimas de intolerância religiosa no país”, destaca.
Em 2023, o Centro de Referência Nelson Mandela, um dos equipamentos para denúncias desse tipo de crime, registrou 33 ocorrências de atitudes ofensivas, discriminatórias e de desrespeito a práticas e crenças religiosas na Bahia. “É fundamental assumir o compromisso coletivo de construir uma sociedade harmoniosa e plural, que respeite a diversidade de crenças”, completa a titular da Sepromi.
A Sexta pela Paz é uma realização da Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa do Estado da Bahia, composta por instituições do poder público, universidades federais e estaduais, órgãos que formam o Sistema de Acesso à Justiça e um conjunto de organizações da sociedade civil de Salvador e do interior. O evento integra o projeto “Bahia, expressão da cultura negra!” e conta com a parceria da Fundação Cultural Palmares.