Entre janeiro e julho, 2.476 sinistros deixaram 281 mortos e 2.963 feridos; especialista defende redução dos limites de velocidade
Dirigir em velocidade incompatível com a via foi a segunda maior causa de acidentes nas rodovias federais brasileiras entre janeiro e julho deste ano, perdendo apenas para as causas relacionadas à desatenção do condutor. De acordo com dados da PRF, 2.476 sinistros ocorridos por desrespeito ao limite de velocidade provocaram a morte de 281 pessoas e deixaram outras 2.963 feridas.
O número total de sinistros no período chegou a 38.368, com 3.218 mortos e 44.351 feridos. No topo do ranking das causas mais frequentes de acidentes está a desatenção, registrada oficialmente como reação tardia ou insuficiente do condutor, ausência de reação do condutor e acessar a via sem observar a presença de outros veículos.
Redução à vista
Hoje, o Código Brasileiro de Trânsito estabelece a velocidade máxima de 80 km/h nas vias urbanas. Mas tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2789/2023, que pretende reduzir os limites para 60km/h nas vias de trânsito rápido; para 50km/h nas vias arteriais; para 40 km/h nas vias coletoras e para 30 km/h nas vias locais. “Esse é o momento de colocarmos em prática medidas simples que podem salvar vidas, como a redução dos limites de velocidade, o aumento das fiscalizações e das ações de educação e conscientização”, completa.
Sinistros entre janeiro e julho de 2023
Total: 38.368
Feridos: 44.351
Mortos: 3.218
Velocidade incompatível
Sinistros: 2.476
Feridos: 2.963
Mortos: 281 pessoas
Fatores relacionados à desatenção
Reação tardia ou ineficiente do condutor
Sinistros: 5.546
Feridos: 6.429
Mortos: 313
Ausência de reação do condutor
Sinistros: 5.191
Feridos: 5.606
Mortos: 374
Acessar a via sem observar a presença de outros veículos
Sinistros: 3.623
Feridos: 4.447
Mortos: 214
Fonte: Polícia Rodoviária Federal