O prefeito de Salvador, Bruno Reis, anunciou nesta quinta-feira (27) um conjunto de ações de habitação que está em curso na região do Centro Histórico, tendo como objetivo principal restaurar casarões abandonados e disponibilizá-los para moradia. Os projetos fazem parte do pacote de medidas lançado pela gestão municipal a fim de revitalizar a região, que envolvem também as áreas de assistência social, zeladoria, cultura e turismo, segurança e ordenamento.
Segundo o gestor, a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) já realizou estudos e identificou cerca de 3 mil casarões que apresentam problemas estruturais ou necessitam de reparos nas fachadas. Três projetos estão em desenvolvimento: um em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), outro com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e outro em parceria com o mercado privado.
“Recebemos recentemente uma missão do BID e iniciamos as tratativas para o Prodetur 2, que vai estar alicerçado basicamente em duas áreas de ação. Uma, na recuperação de casarões aqui do Centro Histórico. E a outra, para potencializar ainda mais, para dar ainda mais fomento ao turismo afro. Em breve, vamos enviar à Câmara Municipal mais um pedido de autorização para firmar operação de crédito com o BID para executarmos esse projeto”, explicou Bruno no evento de anúncio das ações no Pelourinho e adjacências.
Ao IPHAN, foi apresentado um projeto de interesse social para ser realizado nos casarões da região do Pilar, no Comércio. “O órgão anunciou que iria executá-lo, em parceria com a Prefeitura. Será como? Na prática, dentro do Minha Casa Minha Vida, em vez de construir unidades habitacionais em lugares distantes, vamos reformar os casarões, onde serão criadas unidades habitacionais para que as pessoas possam ocupar. Temos a previsão de firmar uma parceria de R$ 50 milhões para execução desse programa”, explicou o prefeito.
Por fim, a Prefeitura realizará, através da SalvadorPAR, que é a sua empresa de capital misto, projetos de Parceria Pública-Privada. “Estamos construindo programas de habitação aqui na região da Rua do Corpo Santo, no Comércio. Já temos casarões e prédios mapeados, agora estamos elaborando o plano de negócios e a ideia é que, em setembro, a gente lance essa PPP na (bolsa de valores) B3, em São Paulo. Para quem tiver interesse de, junto com a Prefeitura, construir habitações para a população em geral”, afirmou Bruno.
No evento desta quinta, foi anunciada a criação do Distrito Cultural do Centro Histórico e do Comércio, uma subdivisão administrativa especial que terá autonomia para gerir políticas públicas, inclusive as de habitação. A zona abrange a área que vai da Gamboa, passando por Barroquinha, Pelourinho, Comércio até o Santo Antônio Além do Carmo. Também será criada mais uma Prefeitura-Bairro, a 11ª da capital, para administrar esse distrito.
“Anotem aí: nós vamos reposicionar o Centro Histórico de Salvador para as pessoas dessa cidade. Esse conjunto de ações na área operacional, zeladoria, social, cultural, todos os investimentos vão passar da casa de R$ 1 bilhão. Vamos promover uma verdadeira virada nesta região. O prefeito é entusiasta disso, acredita muito nisso e dedica muito tempo e muita energia para isso”, completou Bruno.
Em andamento – O prefeito citou outras obras que estão em execução pelo município e que vão agregar neste esforço de revitalização do Centro Histórico e do Comércio. “Reforma das ruas da Conceição da Praia, as revitalizações do Museu da Misericórdia, do Cine Excelsior e do Mercado Modelo, a construção do Arquivo Público de Salvador, da Casa de Espetáculos, da Escola de Arte e do SAC Náutico. Enfim, temos uma série de obras mostrando que a Prefeitura segue investindo e transformando essa área”, disse.
“É preciso dizer ainda que hoje 80% dos órgãos da Prefeitura estão no Comércio ou no Centro Histórico. Nós estamos ocupando e cuidando deste espaço. Já temos SMS (Saúde), Sempre (Promoção Social), Semur (Reparação), Semop (Ordem Pública), Seinfra (Infraestrutura), Secult (Cultura e Turismo) e tantas outras. As mais recentes que se mudaram foram a Smed (Educação) e a Semit (Tecnologia). Só falta a Sedur (Desenvolvimento Urbano) entre as secretarias que têm condições de vir, porque não necessitam de pátios operacionais”, completou Bruno Reis.
Foto: Jefferson Peixoto/ Secom