Os alunos da rede municipal de ensino de Salvador participaram, na manhã desta quinta-feira (27), de uma apresentação especial na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Canela. Na ocasião, 90 crianças de três escolas da cidade encenaram o Festival Tire o Chapéu para Salvador.
O espetáculo é resultado do projeto de extensão com o mesmo nome, em uma parceria da Secretaria Municipal da Educação (Smed) com a Elysium Sociedade Cultural, responsável pelo restauro do Palacete Tira Chapéu, e da Escola de Música da Ufba, coordenado pelas professoras Mara Menezes Kroger e Telma Oliveira. O financiamento é da Lei Rouanet. O projeto tem como finalidade apresentar a história do Palacete Tira Chapéu em forma de musical, trabalhando as linguagens artísticas de forma integrada e permitindo que os alunos tenham essa experiência fora dos muros da escola.
Uma das escolas participantes foi a Municipal Fonte do Capim, do bairro de Sussuarana, com 56 alunos. “Abraçamos o projeto e, desde então, as sextas-feiras foram dedicadas aos ensaios, com os alunos das turmas do 1° ano A e 3° ano A, durante seis meses, com todo apoio e suporte necessário para o êxito do mesmo”, declarou a diretora da unidade, Cristina Franco.
A assessora técnica da Gerência de Currículos da Smed, Fernanda Siqueira, afirmou que haverá encenações também nas unidades de ensino. Além da Fonte do Capim, a iniciativa contou com alunos da Escola Municipal Jesus de Nazaré, também de Sussuarana, e da Escola Estadual Manoel Novaes, do bairro do Canela.
“Essa é uma ação pedagógico-musical com incentivo à cultura e a ideia é ampliar para outras escolas da rede. A educação musical é fundamental para o desenvolvimento da criança, seja na parte social, emocional, cognitiva. Também é importante a presença dos pais nas apresentações, para que enxerguem o filho como protagonista da história”, disse Fernanda.
A professora Mara Menezes contou que a ação é um desdobramento do restauro do palacete. “Criamos essa peça para as crianças e escolhemos escolas distantes do Centro. Começamos o trabalho em março e pensamos que, para elas, é importante este senso de pertencimento, de conhecer a cidade, de ter um contato mais imersivo na cultura e na educação patrimonial, mostrando o valor do passado e presente”.
O jovem Guilherme Santos, de nove anos, está na 3ª série e contou que está amando fazer a peça. “Eu estou fazendo o papel de Diogo, e é muito legal aprender coisas novas. Os ensaios foram muito legais, falo muito durante a peça e me sinto feliz de fazer parte”.
Aos 10 anos, Taila Kelly também se mostrou animada em participar. Fazendo o papel de Salvador, a aluna da 3ª série disse que era algo que queria fazer muito. “Gostei dessa oportunidade e é muito importante poder representar minha cidade, estou muito orgulhosa”.
Foto: Otávio Santos/Secom