A capital baiana está entre as finalistas do prêmio por melhores práticas de participação cidadã, concedido pelo Observatório Internacional da Democracia Participativa (OIDP). Salvador concorre com o processo de construção do Plano de Ação Climática do município, considerando as oficinas de participação de grupos da sociedade civil. O resultado do concurso será divulgado em outubro e a entrega do prêmio será em dezembro, na Conferência do OIDP, em Grenoble, na França.
A premiação reconhece experiências bem-sucedidas de governos locais e regionais, no campo da democracia participativa, deliberação cidadã, empoderamento da comunidade, governo aberto, inovações democráticas e participação pública. Além de reconhecer as experiências que estão sendo implementadas pelos governos locais e regionais, o objetivo do prêmio é dar também visibilidade às práticas de forma mais direta, chamando a atenção de outros governos para que possam ser copiadas, promovendo o trabalho em rede.
A experiência soteropolitana foi selecionada pelo júri do prêmio OIDP, composto por pessoas de reconhecido prestígio e experiência no campo da participação cidadã, ciência política, sociologia e planejamento urbano. A submissão passou por uma fase inicial de avaliação por todos os membros do órgão, através da plataforma participativa on-line. O objetivo desta etapa inicial foi proporcionar visibilidade às propostas e conhecer opiniões sobre as diferentes práticas apresentadas.
“Recebemos essa notícia com muita satisfação, pois mostra que Salvador vem se consolidando nas boas práticas de gestão, no exercício da democracia e participação popular. Para construir o Plano Municipal de Ação Climática houve a efetiva participação cidadã, através da contribuição da sociedade civil e organizações afetadas pelas mudanças climáticas”, afirmou a vice-prefeita Ana Paula Matos.
O coordenador do Escritório de Cooperação Internacional da Prefeitura de Salvador, João Victor Queiroz, afirmou que a ideia de inscrever Salvador surgiu do fato da capital se destacar na elaboração do Plano de Ação Climática. “A capital baiana é uma das poucas cidades no mundo que possui o plano. Chegar à final carimba nossa capital como uma das cidades com maior participação popular na gestão pública e que executa, na prática e na sua essência a justiça climática”, opinou.
O prêmio OIDP é reconhecido mundialmente e tem uma parceria com a CGLU (Cidade, Governo e Locais Unidos), maior rede de cidades locais no mundo. Em setembro próximo, uma reunião dos membros do júri será organizada para deliberar sobre as diferentes propostas.
Neste encontro também será determinado se, além de um vencedor, serão concedidas menções especiais temáticas, nas categorias melhor experiência de governo regional; melhor experiência de perspectiva de gênero; melhor experiência no campo da transição ecológica, ou em outro campo que o júri considere apropriado. Se não houver acordo sobre o vencedor, será realizada uma votação secreta entre os membros.