Leão teve jogadores expulsos, além do auxiliar Ricardo Amadeu; time chegou a 11 pontos na tabela
O que era um jogo para a torcida do Vitória lamentar apenas as chances perdidas em campo no empate em 1×1 contra o Atlético Cearense ganhou contornos lastimáveis de violência, que mascararam a boa atuação do time comandado por Fabiano Soares.
Muito antes da sequência de expulsões e agressões em campo, a bola rolou na noite deste sábado (11) no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e o Leão se comportou bem defensivamente, ao anular as investidas ofensivas do adversário na primeira etapa e, no segundo tempo, quase não sofrer finalizações. Faltaram ao time um pouco mais de paciência e boa pontaria para converter as chances criadas em gols.
Nem a expulsão de Vanderlan, do Atlético, aos 3 minutos do segundo tempo (essa em circunstâncias de bola rolando) foi o suficiente para ajudar o Leão a encontrar o caminho das redes.
No primeiro tempo, o Vitória tinha dificuldade em encontrar espaços pelas laterais. Quando conseguiu encaixar um contra-ataque, abriu o placar aos 30 minutos. Após lançamento vindo da defesa do Atlético Cearense, o lateral Alemão ganhou a dividida contra Marcelinho, arrancou na intermediária, tabelou com Rafinha e serviu o atacante livre na área, que finalizou no alto para marcar. Esse foi o quarto gol dele com a camisa rubro-negra em cinco jogos. É o artilheiro do time na Série C.
O gol de empate veio dez minutos depois. O meia Lucas Bessa cobrou uma bela falta e viu Lucas Arcanjo chegar certeiro na bola para mandar para escanteio. Bessa voltou a bater a bola parada e, dessa vez, o zagueiro Caio Acaraú recebeu uma bola escorada e empurrou para as redes de Arcanjo. 1×1 no placar.
Com o empate, Vitória segue com as atenções divididas na Série C. Enquanto mira uma vaga no G8, que classifica para a próxima fase da competição, ainda se preocupa com a iminência de retornar à zona de rebaixamento. O rubro-negro chegou a 11 pontos conquistados e viu o Ypiranga-RS, primeiro time dentro do G8, abrir cinco pontos de vantagem. Olhando para baixo, foi beneficiado com a derrota do Campinense, que é o primeiro no Z4, e está com dois pontos a mais.
enas lamentáveis
Apesar do bordão clichê, poucas expressões definem tão bem o que foi visto nos minutos finais da partida no PV. Já nos acréscimos, o meia Eduardo, do Leão, e o atacante Yan Costa, do Atlético, se estranharam e causaram tumulto dentro de campo. O árbitro Denis da Silva Serafim expulsou os dois atletas. Mas antes da partida reiniciar, uma nova confusão foi formada perto dos bancos de reservas. Yan partiu para cima de Eduardo, que acertou um soco na cara do adversário.
Com o tumulto, ambos caíram no gramado e ainda foi possível ver o assistente técnico do Vitória, Ricardo Amadeu, acertando um chute no atacante do Atlético Cearense, que estava caído. As cenas foram capturadas pela transmissão do streaming DAZN. Amadeu também foi expulso.
O árbitro ainda distribuiu cartões vermelhos para o zagueiro Mateus Moraes, do Vitória, e para Éverton Potiguar, do time cearense. A partida foi retomada para os minutos finais, mas nada que alterasse o placar.
Com a bola rolando o jogo também foi um festival de cartões amarelos. No total, sete para o Leão e três do Atlético Cearense.
O jogo
Deixando de lado a briga no fim da partida, quem acompanhou o duelo entre Vitória e Atlético Cearense viu um rubro-negro mais ligado no jogo e bem estruturado defensivamente. No primeiro tempo, o adversário teve poucas oportunidades claras. A melhor delas foi a falta cobrada por Daniel Bessa – que gerou o escanteio do gol de empate.
No ataque, Santiago Tréllez, escolhido por Fabiano Soares para ter uma chance no time titular, pouco se movimentou e foi bem marcado pela zaga do Atlético. Os lances de maior perigo ocorreram em cobranças de bola parada, como o escanteio que rendeu uma finalização para Gabriel Santiago, que chutou fraco e rasteiro nas mãos do goleiro Carlão.
A segunda etapa foi de predominância rubro-negra. Mesmo com as mexidas promovidas pelo técnico Roberto Carlos, o Atlético não incomodou a meta de Lucas Arcanjo. Já Carlão teve dificuldade para segurar os chutes de fora da área de Eduardo e Alan Pedro, que arriscaram com frequência. Faltaram alternativas para ver o Vitória rodar mais a bola e encontrar os homens de frente livre, em condições de finalizar.
O próximo compromisso do Leão é no dia 19, domingo, diante do Botafogo-SP. O jogo será no Barradão, às 17h. O adversário tem o mesmo número de pontos que o Vitória e está atrás pelo saldo de gols, mas ainda vai jogar nesta rodada, contra a Aparecidense, segunda-feira (13).
FICHA TÉCNICA – Atlético Cearense 1×1 Vitória (10ª rodada da Série B)
ATLÉTICO-CE: Carlão, Ceará, Caio Acaraú, Ryan e Zé Carlos; Leylon, Guto (Wilker) e Lucas Bessa (Vitinho); Marcelinho (Yan Costa), Iury Tanque (Ari) e Vanderlan. Técnico: Roberto Carlos
VITÓRIA: Lucas Arcanjo, Alemão, Danilo, Marco Antônio e Sánchez; Léo Gomes (João Pedro), Dionísio (Alan Pedro) e Gabriel Santiago (Alisson Santos); Roberto (Eduardo), Tréllez (Dinei) e Rafinha. Técnico: Fabiano Soares
Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza
Gols: Rafinha, aos 31 minutos, e Caio Acaraú, aos 40 do 1º tempo
Cartão amarelo: Lucas Bessa, Leylon, Ari; Dionísio, Alan Pedro, Marco Antônio, Alemão, Dinei, Eduardo, Léo Gomes, João Pedro, Fabiano Soares e Ricardo Amadeu
Cartão vermelho: Vanderlan, Yan Costa, Ewerton Potiguar; Eduardo, Mateus Moraes e Ricardo Amadeu
Público: 165 pagantes
Renda: R$ 3.018,00
Árbitro: Dênis da Silva Ribeiro Serafim, auxiliado por Pedro Jorge Santos de Araújo e Rondinelle dos Santos Tavares (trio de Alagoas).