Além das regalias – como carros oficiais, assessores, viagens e diárias – os ex-presidentes brasileiros recebem, mensalmente, vencimentos bem acima do teto do serviço público (atualmente de R$ 39 mil). Conforme o portal de Dados Abertos da Presidência da República, a ex-presidente Dilma Roussef, que sofreu impeachment, embolsou, em março, R$ 69.806,84; Michel Temer, R$ 57.505,56; o ex-presidente Lula, em pré-campanha, R$ 46.155,49; Fernando Henrique Cardoso, R$ 49.951,04; Fernando Collor, R$ 54.959,86 e o ex-presidente José Sarney, R$ 54.246,58. Os dados de abril ainda não estão disponíveis no portal.
Despesas
No ano passado, mais de R$ 5,6 milhões em despesas dos seis ex-mandatários foram bancadas pelos contribuintes.
Staff
Os gastos incluem a folha de pagamento dos assessores. Cada ex-presidente tem direto a oito servidores de livre indicação, com salários que chegam a R$ 14 mil.
Impostos
O pré-candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), desafiou os adversários a propor medidas para reduzir impostos, como o ICMS sobre os combustíveis na Bahia. Ele citou o presidente Bolsonaro que, depois de reduzir IPI, zerar os tributos federais sobre óleo diesel e gasolina, suspendeu a cobrança do Imposto de Importação sobre produtos alimentícios. “O trigo e a farinha de trigo estão isentos de imposto de importação para que o pão nosso de cada dia chegue à mesa do povo brasileiro mais barato. A medida foi anunciada ontem pelo Ministério da Economia e prevê isenção também para carne de boi desossada, carne de frango, milhos em grãos, bolachas e biscoitos”, disse Roma.
Outros temas
Assessores do governo não acreditam que a discussão sobre a segurança pública deve predominar na campanha eleitoral deste ano. Temas como emprego e Saúde, na avaliação deles, ainda são predominantes para os eleitores, conforme indicam as últimas pesquisas para medir a temperatura do eleitorado, o qual ainda está, por sinal, muito frio em relação à sucessão.
Máscaras
A elevação dos casos de Covid no Estado da Bahia – e em outras praças do país – deveria ser o suficiente para que a população entendesse que ainda não é o momento de flexibilizar integralmente as medidas restritivas contra a pandemia, que tem levado a um lockdown rigoroso em cidades da Ásia, como em Xangai, mantendo, pelo menos, o uso de máscaras quando na presença de outras e, especialmente, em ambientes fechados.
Resgate
Coordenadores da pré-candidatura do ex-presidente Lula querem resgatar os nomes dos programas que foram alterados por Bolsonaro. Esse será um dos pontos do programa de governo no petista. Estão na lista, por exemplo, o Bolsa Família – alterado para Auxílio Brasil – e o Minha Casa Minha Vida, que o atual governo rebatizou como Casa Verde e Amarela.
Bolsonaro “refém”
O presidente Jair Bolsonaro joga para a plateia às vésperas da campanha, e só as próximas pesquisas vão mostrar se ele convenceu na sua farsa de tentar reduzir o preço do combustível e gás. Fato é que o chefe está voto vencido no caso e “refém” do conselho de administração da Petrobras. Bolsonaro já trocou o presidente da petroleira e acaba de nomear novo ministro de Minas e Energia, na tentativa de forçar a redução dos preços. Em vão. A Coluna obteve informação de fonte da empresa de que em recente reunião, a maioria dos conselheiros – até os que são nomeados pelo Governo como sócio-majoritário – indicaram a necessidade de novo aumento do preço da gasolina e óleo diesel.
Redutos
Depois do lançamento da pré-candidatura e passagem por Minas Gerais, o ex-presidente Lula vai desbravar redutos bolsonaristas. Aliados de Estados das regiões Norte e Sul – onde Bolsonaro lidera – já traçam o percurso e eventos com a presença do petista nas próximas semanas.
Mágoa
Coordenador da campanha de Lula, o senador Randolfe Rodrigues tem tentado reaproximar o petista de Marina Silva (Rede). Em vão, por ora: a ex-ministra mantém a mágoa desde que sofreu ataques “desleais” do PT na campanha de 2014.
Eu sou de todo mundo
Que as alfinetadas de João Roma ao seu ex-amigo e criador na disputa ao governo do estado têm ficado cada vez maiores, isso é um fato. Do lado de lá, tudo tem passado pela estratégia de não se associar a nenhum presidenciável, principalmente aquele a quem distribuiu afagos no segundo turno de 2018, com direito a abraços, e agora de quem foge mais do que o diabo foge da cruz. Nessa brincadeira toda, um dos tiros da última semana foi musical. É que sobrou para Os Tribalistas, que teve a canção “Já sei namorar” citada no ataque. “Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”. Roma e Jerônimo estariam doidos para pegar ACM Neto de jeito no primeiro debate das próximas eleições. Prometem tirar o baixinho do sério.
Contratos sujos
Em Guanambi, a prática realizada pela Prefeitura de firmar contratos com empresas de servidores públicos, comissionados ou até mesmo com entidades ligadas ao processo licitatório foi descortinado pelo MPE. O absurdo, pilotado pelo prefeito Nilo Coelho e pela secretária Municipal de Saúde, Nancy Ferraz, foi inserido numa apuração, mediante instauração de inquérito. A decisão do MP tem o objetivo de aplicar sanção aos médicos servidores públicos municipais que celebraram, por meio de suas pessoas jurídicas, contratos de credenciamento com a Prefeitura, “mesmo já tendo vínculo com o Município”. Uma coisa se confirma com esse fato: “Digas com quem andas, que direi quem és. Quem com porcos se mistura, farelo come”.
Aposta em Lula
Depois de ver frustrado o arranjo no qual concorreria ao Senado, Rui Costa está apostando todas as fichas em Lula, tanto para eleger Jerônimo Rodrigues como governador para garantir seu futuro. “Se Lula me convidar para qualquer coisa, estou à disposição”, disse recentemente o governador em uma rádio do interior, sem cerimônia. Rui já chegou a ser especulado como ministro em um eventual governo Lula.