Defesa de políticas públicas para a comunidade negra global e maior participação em espaços de poder no Brasil foram alguns dos assuntos destrinchados pelo vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), durante entrevista para uma tese de doutorado do professor Ollie Johnson, da ‘Wayne State University’, unidade de ensino superior da cidade de Detroit, em Michigan, nos Estados Unidos. O bate-papo aconteceu na última terça-feira (10) na capital baiana. Ciente da dificuldade social que o país passa com o governo Bolsonaro, o edil petista não poupou críticas e falou sobre racismo, intolerância religiosa e violência no campo.
“São assuntos que temos de tratar cotidianamente. São os negros que morrem diariamente pelas mãos do estado, que deveria proteger, são os negros que mais morrem por doenças por serem menos assistidos, e são os negros que deveriam ser maioria nos parlamentos e outros espaços de poder por serem maioria”, sintetiza Suíca. Ele também defendeu sua tese de que “nem todo branco é inimigo e nem todo negro é aliado”. Ainda falou da formação política, via SindilimpBA, com a luta sindical, e os impactos sociais sofridos pelo país com o governo Bolsonaro, destacando os projetos de inclusão e de distribuição de renda dos governos Lula e Dilma.
A entrevista durou cerca de três horas e os debates envolveram questões que entrelaçaram as jornadas de Suíca e do professor norte-americano. “Conseguimos tratar sobre a representação política no contexto baiano, as vivências da negritude brasileira e oportunidades políticas para homens e mulheres negras de Salvador”, destaca o edil. Ele ainda agradece ao programa ‘Cor da Bahia’, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e destaca a diretora do PROFA, Paula Barreto, e Ollie Johnson por fazerem parte de seu novo projeto: um livro que abordará o pensamento político negro na Bahia e no Brasil, com questões raciais e de representações políticas.
Por: Ascom do vereador Luiz Carlos Suíca/Vitor Fernandes