Trata-se de um enorme contingente de eleitores, disputados avidamente pelos candidatos, que, após eleitos, esquecem a região e, como sempre, voltam-se para Brasília em busca do enriquecimento fácil e nem sempre honesto.
Para se ter ideia de uma situação que se eterniza, vejamos, por exemplo, essas informações de estudo do IBGE divulgado no ano passado:
A concentração de pessoas que vivem em situação de pobreza no Nordeste é a maior entre as cinco regiões brasileira. O estudo “Perfil das despesas no Brasil: Indicadores selecionados” integra a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e consultou indivíduos de todas as regiões do Brasil. Importante assinalar que os dados foram levantados ainda antes da pandemia, o que pode indicar que a situação é ainda bem mais grave hoje.
O levantamento estatístico aponta que a região Nordeste concentra um valor proporcional a 47,9% da concentração da pobreza no Brasil. Em seguida, também com índice alto, vem a região Norte, com 26,1%. O Sudeste é a terceira região, com 17,8%. Por fim, Centro-Oeste (2,5%) e Sul (5,7%) apresentam as menores taxas percentuais do País, com pouca concentração de pobreza, em relação às demais regiões.
Outro estudo, este feito no ano passado, indica que, de um modo geral, a população em situação de rua no Brasil não apenas cresceu em ritmo avassalador com a crise econômica e social do país em meio à pandemia, nos últimos dois anos, mas também mudou drasticamente de perfil.
De acordo com pesquisas acadêmicas recentes e informações do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), as mulheres, e consequentemente crianças, passaram a ser um contingente bastante expressivo dessa população.
No último dia (3), um aparente alívio com a redução, mínima, de cerca de cinco reais no preço do botijão de gás na Bahia.
Porém, além de ser pouco significativa, a redução é dissipada quando, paralelamente, a população se viu diante de mais um salto nos preços da gasolina, diesel e gás veicular. O sufoco segue aumentando, portanto.