Integrantes da legenda esperavam que o evento fosse realizado no próximo dia 30. PSOL pediu adiamento porque, no mesmo dia 30, estará reunido para debater apoio ao PT no 1º turno
O PT marcou para 7 de maio o lançamento oficial da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. A data foi confirmada ao g1 pela presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e pelo vice, deputado José Guimarães (CE), após reunião nesta segunda-feira (11) de membros da direção nacional do partido.
Até a última semana, integrantes da legenda esperavam que o evento de lançamento fosse ocorrer ainda em abril, no dia 30. A data foi citada, inclusive, pela direção do partido em reunião da executiva nacional na última quinta (7).
Segundo José Guimarães, o “adiamento” atende a um pedido da direção nacional do PSOL – partido que estuda apoiar a chapa presidencial do PT já no primeiro turno das eleições de 2022. Na quinta, dirigentes das duas siglas se reuniram em Brasília para discutir essa aliança.
A decisão do PSOL será anunciada justamente no dia 30 e, por isso, o PT decidiu adiar em uma semana o lançamento oficial da chapa. Até o fim do mês, a executiva nacional do PSOL deverá decidir a “tática eleitoral” do partido – lançar candidatura própria ou apoiar outro presidenciável.
Entre as condições apontadas pelo PSOL para apoiar a candidatura de Lula já no primeiro turno, está o compromisso com a revogação do teto de gastos – regra que, desde 2017, diz que a maior parte das despesas públicas não pode crescer mais que a inflação.
ambém no dia 30, a cúpula do PSB estará reunida em evento interno do partido. Desde 2019, a sigla trabalha em uma “autorreforma”, com atualização do estatuto e das regras da legenda – a data marcará o lançamento desse material.
O evento de lançamento deve se restringir à pré-candidatura de Lula, sem abarcar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) como vice-presidente. Isso, porque a chapa só será submetida ao referendo do próprio PT nos dias 4 e 5 de junho, no encontro nacional do partido.
Na última sexta (8), o PSB já anunciou oficialmente a indicação de Alckmin como vice na chapa de Lula
Em busca de apoio
José Guimarães afirma que Lula quer lançar a pré-candidatura em um “ato político” que reúna o maior número de forças políticas. A ideia, até o momento, é que o evento seja no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo.
Oficialmente, no entanto, o PT deve evitar o rótulo de “lançamento de campanha” para o evento em uma tentativa de afastar questionamentos jurídicos. A estratégia é parecida com a do PL, que, em março, recuou do anúncio do lançamento da pré-candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro.
A Lei das Eleições prevê que a propaganda eleitoral é permitida a partir do dia 16 de agosto. O registro oficial das candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só acontece entre julho e agosto, quando os partidos realizam suas convenções nacionais.
Nesta quarta (13), às 10h, o diretório nacional do PT deve se reunir para avaliar o estatuto e o programa da federação partidária com o PV e o PCdoB.
Nesta segunda (11), Lula participa de um jantar em Brasília com senadores do PT e de outros partidos de centro e esquerda. Há previsão de que parlamentares do PSD, do MDB, do PDT e do PP também participem.
Há expectativa de que a direção do partido coloque em pauta a indicação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) à vice-presidência na chapa.
Outro vice-presidente nacional da legenda, Washington Quaquá avalia que Alckmin terá o nome aprovado “sem esforço”. “Há maioria absoluta dos votos para aprovar Alckmin. Tem divergências, mas ele será aprovado”, disse.
Por: G1