Senador e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) abriu o jogo na manhã desta segunda-feira (7) e detalhou a estratégia da situação para as próximas eleições em entrevista à rádio Metrópole. Segundo Wagner, Rui Costa (PT) abriu mão da candidatura ao Senado e o nome que vai para o pleito será do próprio PT, descartando a possibilidade do também senador Otto Alencar (PSD) de ser o candidato a enfrentar o atual líder nas pesquisas, ACM Neto (União Brasil).
“No sábado, tivemos a última conversa. Eu, Otto, Rui e Caetano. 2h30, 3h de conversa, apesar de já ter ido conversar com João Leão, o PP, ele [Otto] não demonstrava tesão para fazer campanha e campanha sem tesão não existe. Campanha é uma coisa difícil, se o cara não for foguete, não vai. Otto não demonstrou essa vontade, realmente não era pedido dele. Era uma solução”, afirmou antes de completar que Rui decidiu ficar na cadeira.
Jerônimo Rodrigues é o preferido do governador Rui Costa. Já a base do PT tem preferência por Luiz Caetano e por Moema Gramacho.
os nomes ventilados são do secretário de educação Jerônimo Rodrigues, Luiz Caetano e Moema Gramacho, atual prefeira de Lauro de Freitas. O senador afirmou que até o final da semana o nome será anunciado. Ele terá conversas com o ex-presidente Lula (PT), que retorna do México.
“Eu vou falar com Lula quando sair daqui. A gente foi testar com ele o que ele achava do outro formato, ele gostou muito porque gosta de Otto e porque achava que era um sinal de que o PT teve capacidade de abrir para um outro partido político. Não funcionou e Rui entendeu que é a hora de sentar na cadeira. Essa moda de todo mundo no segundo governo sair para ser Senador é uma bobagem”, afirmou Wagner.
Sobre o próprio futuro, Jaques Wagner afirmou que vai continuar ao lado de Lula e acredita que tem uma missão para cumprir junto ao pré-candidato petista. Wagner ainda tem mais 4 anos de mandato no Congresso.
“Pra mim é muito mais importante estar com Lula na reconstrução do Brasil a partir do ano que vem, pelo meu relacionamento com ele, com partidos políticos, modéstia a parte com embaixadas fora daqui com quem converso e sei que me têm como ponto de referência”, declarou.