O Partido dos Trabalhadores vai perder o senador Jaques Wagner, seu maior expoente no Nordeste. Ele não vai sair do partido, continuará fiel a Lula da Silva, mas por questão de hierarquia.
Atropelos
Grão-petistas indicam que Wagner já entrou no time de Tarso Genro, José Eduardo Cardozo, Olívio Dutra e outros desgostosos diante da ânsia de Lula em atropelar amigos e aliados pelo poder.
Foco
Terceiro maior colégio eleitoral, o estado do Rio de Janeiro virou foco dos marqueteiros de Lula e Bolsonaro. Pesquisas dos partidos apontam diferença de oito pontos de vantagem para o petista. Há anos, candidatos a presidente iniciam pela capital a jornada para as urnas. Bolsonaro pretende começar a campanha na cidade.
Os xingamentos
Nunca na história deste Pais uma campanha presidencial é desenvolvida com tantos xingamentos entre os pré-candidatos.
Uma pré-jornada, onde se tem muitos insultos e menos propostas exequíveis dos problemas nacionais pelos candidatos. É a antiga forma de fazer política, modernizada pelos fake news que prometem infernizar os rumos da disputa deste ano. Um
problema sério para a justiça eleitoral resolver, principalmente nos últimos dias de campanha quando não existe tempo para os
políticos atingidos se defender dos ataques. Não bastavam as pesquisas fraudadas pelos charlatões.
Só compinchas
Outra dificuldade existente na política são os partidos se manifestar sobre os malfeitos de seus prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais etc. Como são quase todos compinchas – dirigentes e políticos com cargos eletivos -, existe um cipoal de rabos amarrados entre os diretórios municipais, estaduais e federais com seus vereadores e parlamentares. Ninguém pune ninguém, quando pune tem uma longa exaustiva negociação, para livrar os políticos infratores da cassação e da cadeia. Isto tem sido uma tradição no Brasil.
Tem que implorar!
Acompanhei alguns casos de cassação que foram de amargar. A Comissão de Ética, neste caso, teve que negociar vantagens aos cassados, porque senão eles denunciariam as patifarias de outros e a coisa ia se descontrolar de vez pela casa de leis toda. Para aceitarem as punições, os políticos denunciados receberam cargos em contrapartida e recursos de emendas parlamentares. Então ressarcidos, eles aceitavam a punição, não abriam o bico, a casa de leis dava uma resposta a sociedade. Hoje em dia nem
isto, os cassados impõem sua presença ameaçando abrir o bico. Nem suspensão amena mais aceitam!
Ano de eleições
Como 2022 é ano de eleições muitos políticos pilantras concorrem a reeleição e, portanto, ficará mais difícil ainda as punições porque isto redundaria em graves prejuízos ao candidato que busca mais um mandato. Se aposta no esquecimento do eleitorado, na tradição rondoniense de eleger parentes de políticos corruptos, etc, etc. Só teremos afastamento de parlamentares cassados pelor aqui Brasil afora só com a intervenção da justiça, pois se depender de vereadores e deputados a coisa será catimbada eternamente. Infelizmente o cenário é este.
Dentes de ouro
Passa dos R$ 4 milhões o valor do contrato feito pela prefeitura de Barreiras com a Disomed (Distribuidora Oeste de Medicamentos LTDA). Nada mal para aquisição de materiais e equipamentos odontológicos visando, de acordo com a gestão, atender as demandas dos serviços odontológicos das unidades de saúde bucal do município. Será que tem que ter dentes de ouro para ser atendido?
Unidos e desunidos
O ex-juiz Sérgio Moro tem um problema grande para se desvencilhar de Bolsonaro. Além de ter efetivamente trabalhado no governo, o ex-ministro tem ex-aliados do presidente como principais articuladores de sua pré-campanha nos estados. Em São Paulo, Júnior Bozzella. Na Paraíba, Julian Lemos. E na Bahia, a Professora Dayane Pimentel, a “federal de Bolsonaro” na campanha de 2018.
Balão de ensaio
O governador João Doria e Sergio Moro ensaiam formar uma chapa juntos. A grande questão é: Moro terá força para se tornar um candidato competitivo? Vale lembrar que uma terceira via nacional pode impactar o pleito para o Governo da Bahia, já que uma candidatura de terceira via seria a mais provável para receber o apoio de ACM Neto, que concorrerá pela União Brasil e lidera com folga as pesquisas.
Se enamora
Por falar em ACM Neto, deu o que falar as recentes postagens nas redes sociais, em que o deputado federal Marcelo Nilo (PSB) aparece ao lado de aliados do grupo do ex-prefeito soteropolitano. Cortejado educadamente pelo grupo Netista, Marcelo Nilo teria tomado uma bela piada do senador Jaques Wagner, que por pouco não o chamou de traíra. O “procopó” acabou com a troca de farpas entre o líder do governo, Rosemberg (PT) e o líder da oposição, Sandro Regis (DEM-UB). Depois da saia justa e da “apertada” que tomou de Regis, parece que o líder petista ficou sem resposta.