O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vem realizando inspeções na região do Rio Vermelho, intensificando as ações de prevenção e controle das arboviroses, neste verão. A primeira ação ocorreu na manhã desta quarta-feira (26), nas proximidades da Vila Caramuru, onde muitos pescadores mantêm seus barcos ancorados. As inspeções são feitas por agentes da Subcoordenação de Ações e Controle das Arboviroses (Sugarbo).
O objetivo é conter a infestação das larvas, que provocam chikungunya, dengue, febre amarela e zika, por meio da aplicação de larvicida ou inseticida não só nas embarcações, mas em bocas de lobo do bairro. Além disso, estabelecimentos que comercializam plantas naturais, a exemplo de hortos, floriculturas e viveiros, também serão visitados pelas equipes do CCZ.
De acordo com a coordenadora do CCZ, Isolina Miguez, a mobilização conta com o empenho da população, atuando dentro da própria casa, somando esforços contra o Aedes aegypti na cidade. “Estamos no período de maior risco, que são os meses de janeiro a abril, por isso contamos com a colaboração de todos, para eliminação de criadouros do vetor das doenças”.
O supervisor da área, Gabriel Rosas, afirmou que a ação acontece durante todo o ano, com essa intervenção pontual visando os festejos da próxima semana. “Devido ao fluxo de pessoas, nós antecipamos a coleta, para evitar que o mosquito se prolifere e inibir a propagação do vírus”. Além da coleta, é feita panfletagem com pescadores e colocação de cartazes, conscientizando sobre as medidas que devem ser tomadas.
Pescador há 32 anos, Sandro Medeiros aprovou a presença dos agentes no local. “Isso é muito bom, porque quem não cuida prejudica a gente. Temos pescadores aqui com foco de dengue no barco. A presença do CCZ reforça o combate”. Ele acrescenta que a maioria dos pescadores mantém os cuidados, não deixando água parada e virando as embarcações, quando estão fora do mar.
As ações continuam na quinta-feira (27), em outros pontos do bairro. Para notificar focos, o cidadão deve ligar para o Fala Salvador, através do 156 e realizar a denúncia.
Foto: Bruno Concha/Secom