Salvador passa a ter, a partir desta segunda-feira (24), a Unidade de Acolhimento institucional (UAI) do Jardim das Margaridas, um equipamento com capacidade de atendimento para até 20 adolescentes do sexo masculino, entre 15 e 17 anos, que estejam em acolhimento institucional. A entrega do equipamento foi realizada com a presença do prefeito Bruno Reis, ao lado da vice-prefeita e secretária de Governo (Segov), Ana Paula Matos.
Também estiveram presentes a titular da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), Fernanda Lordêlo; a presidente da Fundação Cidade Mãe (FCM), Isabela Argolo, e a primeira-dama Rebeca Reis. No discurso, o prefeito destacou que o equipamento vem se somar a outros da área social inaugurados recentemente, a exemplo do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Lobato e da Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) para pessoas com doenças mentais, na Cidade Baixa, ambos entregues em dezembro do ano passado.
“Esse trabalho não para, são mais 20 vagas que passarão a ser oferecidas a esses jovens. Sabemos que a pandemia tem diversos efeitos colaterais e alguns deles são os problemas socioassistenciais e psicossociais que as famílias estão enfrentando. Isso acaba mexendo na rotina delas. Quem chega nessa casa vê cada ambiente feito com muito cuidado. Às vezes, as pessoas não dão importância para isso, mas os adolescentes que aqui estarão terão um ambiente muito mais acolhedor e aconchegante”, afirmou o prefeito.
Ele ressaltou a busca da Prefeitura em melhorar a qualidade dos serviços oferecidos. “Estão aqui quartos com suítes onde as crianças vão poder dormir bem, se alimentar bem e permanecer até que sejam inseridas novamente na sociedade, com todo o acompanhamento, em um ambiente de uma casa como essa que conta, inclusive, com piscina”, acrescentou.
Esta é a quarta Unidade de Atendimento Institucional voltada para crianças e adolescentes em condição de riscos sociais. Com um investimento anual de cerca de R$ 420 mil para a manutenção da estrutura, a unidade dispõe de sala de estar, sala de estudos, sala de leitura, administração, quatro quartos, um com acessibilidade a pessoas com deficiência (PCD), quatro banheiros, duas salas para a administração e equipe multidisciplinar, piscina, garagem, cozinha, churrasqueira e espaço amplo para a prática de atividades esportivas.
Funcionamento – A estrutura funciona em tempo integral. Os jovens são encaminhados por ordem judicial devido à impossibilidade de estar com a família em razão de algum tipo de violação de direitos. Os acolhidos permanecerão no local até serem devolvidos à família de origem, extensa ou adoção. Dessa forma, o equipamento passa a ser a residência deles, sob a preocupação de dar uma atmosfera de lar.
Durante a estadia, os adolescentes desenvolvem diversas atividades, formuladas por uma equipe pedagógica. O local conta com o apoio de uma equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, educadores sociais e uma equipe de coordenação.
No equipamento são oferecidas atividades lúdicas, escolares e de lazer. No contraturno da escola, os alunos realizam cursos culturais e/ou profissionalizantes. Já os técnicos da área pedagógica, conforme as necessidades de cada um deles, desenvolvem acompanhamentos individuais e em grupo, onde são discutidos temas relativos ao processo de amadurecimento, por exemplo, além de questões familiares e comunitárias, bem como o processo de reinserção na sociedade.
“Fomos intencionais nessa nova unidade, onde investimos em adequações que possibilitam uma atmosfera mais acolhedora e cheia de amor, gerando sentimento de pertencimento. A casa é um diferencial nos equipamentos municipais, pois acreditamos que ambientes adequados favorecem o despertar de sonhos e a manifestação do potencial e do propósito de cada um. Tudo isso reduz um pouco os impactos da violação que sofreram e contribui para impulsioná-los para viver uma nova realidade”, destaca Isabela Argolo.
Proposta – A intenção da Prefeitura é, ainda este ano de 2022, entregar uma república voltada para pessoas que completaram 18 anos e que não poderão ficar mais nas Unidade de Acolhimento. A estrutura visa dar suporte aos jovens que ainda necessitem trabalhar alguns aspectos para completar o processo de desenvolvimento e, assim, evitar que retornem à situação de vulnerabilidade.
Foto: Valter Pontes/Secom