A informação de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a CoronaVac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos foi recebida com entusiasmo e alívio pelas famílias brasileiras que desejavam por esta decisão. Acontece que a terceira onda da pandemia do coronavírus não está poupando nem as crianças, que nos picos anteriores se apresentaram assintomáticas pelas variantes que antecederam. As unidades de saúde que atendem essa demanda da população estão com lotação máxima de internações.
Mesmo que a maioria das crianças apresentem sintomas leves, a contaminação nessa faixa etária representa ameaça aos pais e demais integrantes das famílias. As crianças não tem noção do risco e não compreendem totalmente as normas de prevenção e, com isso, acabam passando o vírus para outros. Outro ponto importante é que a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, vem fazendo vítimas entre os pequeninos.
Conforme a aprovação, o imunizante que será utilizado nas crianças possui a mesma formulação da vacina dos adultos. O intervalo entre as duas doses recomendadas será de 14 a 28 dias. Os estudos de eficácias foram realizados em 14 mil crianças dessa faixa etária (6 a 17 anos), no Chile, Malásia, Filipinas, Turquia e África do Sul. Os resultados mostram uma efetividade de aproximadamente 90% da CoronaVac contra os casos mais graves de Covid-19, em que há necessidade de hospitalização.
A aprovação da CoronaVac (que é uma vacina produzida no Brasil) deve agilizar a campanha de imunização, sendo que o Brasil comprou até o momento apenas 20 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer, quantidade insuficiente para imunizar com duas doses essa parcela da população.
É preciso levar a sério a vacinação de toda a população em todas as idades. Apesar do maior índice de contaminação nesta terceira onda, as internações e mortes estão menores em proporção aos picos anteriores da pandemia. Portanto, os números mostram que sim, vacina salva vidas!