Dupla face
Embora tenha lançado a pré-candidatura de Simone Tebet (MS), o MDB segue como sempre: rachado. Uma pequena ala aposta na senadora, enquanto a outra – comandada por caciques – mantém conversas para apoiar outro candidato da chamada terceira via em 2022. Há até quem defenda ser vice na chapa do ex-presidente Lula.
Ofuscado
O União Brasil, partido oriundo da fusão entre o DEM e do PSL, ainda não engrenou. Divergências estaduais e incertezas sobres os rumos em 2022 ofuscam a pretensão inicial da legenda de se cacifar como terceira via. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, perdeu força após a fusão e tem falado em apoiar outro candidato.
Aceno
Um aceno claro ao presidenciável Sergio Moro, de quem é amigo e mantém conversas diárias. Mandetta sempre recorre à frase dita antes de deixar o governo Bolsonaro – “médico não abandona o paciente” – para reafirmar que, como candidato ou não, jamais “desistirá” do Brasil.
Teses
Romistas consideraram que o senador Flávio Bolsonaro cometeu um equívoco ao defender, num site nacional, a tese de que o ministro da Cidadania, João Roma, pode tirar ACM Neto do segundo turno na Bahia, caso o aliado seja lançado candidato à sucessão estadual. A hipótese foi lançada no caso de ACM Neto não fechar seu palanque para Bolsonaro no Estado, o que todo mundo está cansado de saber que não vai acontecer. Na entrevista, Flávio também admite que a candidatura de Roma foi pensada prioritariamente para o Senado, enfraquecendo a tese de que o ministro estaria fechado desde o princípio com a ideia de concorrer ao governo como representante de Jair Bolsonaro ao Estado.
Federação partidária
Os presidentes do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valadares, e do PCdoB Bahia, Davidson Magalhães, se reuniram para mais uma etapa de diálogo sobre a possibilidade de conformação da Federação Partidária entre as duas legendas e também com o Partido Socialista Brasileiro (PSB). “As tratativas para constituição da Federação é um debate feito pelas direções nacionais do Partido sob a coordenação do presidente Lula, mas nós da Bahia temos feito esse diálogo entre as direções estaduais há um bom tempo e somos entusiastas dessa possibilidade”, afirmou Éden Valadares.
Fosso
Só um idiota não vê que a política econômica atual tem como prioridade aumentar a pobreza e tornar cada vez mais intensa a concentração de riqueza. Os resultados estão chegando e os setores empresariais se acomodando. Vejam por exemplo o fim dos carros populares e os preços absurdos das viagens aéreas. Isso não é capitalismo sério. É crueldade, incompetência e safadeza de governantes e políticos em geral que se loupletam. Loucura! Suicídio econômico!
É por essas e outras…
É crítica a situação da polícia civil na Bahia.
Por exemplo, em mais de 100 municípios não há um investigador sequer.
Para júbilo dos criminosos e terror da população. Incrível!
A propósito, a criminalidade (17 assassinatos na RMS só no último fim de semana) cresce a olhos vistos.
Rejeição
Aliados do senador Otto Alencar (PSD) dizem que não há jeito de ele aceitar uma composição em torno da chapa a ser liderada por Jaques Wagner (PT) a governador que implique na entrega do governo a João Leão (PP) por nove meses. Seria, segundo uma fonte política muito próxima do senador, a única iniciativa que poderia levá-lo a romper com o grupo de Wagner e do governador Rui Costa (PT). O senador também não topa fazer o filho candidato a vice. Para ele, é disputar a reeleição ao Senado ou sair de cena no grupo com o qual vem trocando apoio há anos.
Elogios
Deputados baianos têm elogiado a atuação do presidente do Legislativo baiano, Adolfo Menezes (PSD), na condução da Casa. Dizem que ele emprestou, além de um tom de seriedade, de extrema responsabilidade na gestão de que, de fato, o Poder precisava. Menezes, no entanto, mantém a humildade, dizendo que as ações são em boa parte fruto da orientação dos auxiliares.
Reforço
Os principais apoiadores de João Roma procuram uma forma de fortalecer sua campanha rumo ao Palácio de Ondina: encontrar um vice com experiência comprovada e boa inserção política no Estado, capaz de tornar Roma mais conhecido dos baianos do que foi até agora, apesar de estar no Ministério.
Ciúme
Depois de confirmar o casamento com PL, o presidente Jair Bolsonaro passou a receber cobranças das legendas rejeitadas por mais espaço no Governo. Deputados do Republicanos, Progressista e Patriota, por exemplo, fizeram chegar ao mandatário que permanecem fiéis na base do Governo na Câmara.
Fatura vai chegar
Mas os partidos esperam ser lembrados, principalmente em abril, quando pelo mesmo sete ministros devem deixar o comando das pastas para concorrer nas eleições 2022. O ciúme é mútuo. O presidente Bolsonaro não tem gostado da aproximação, nos últimos dias, de setores dessas legendas com o presidenciável Sérgio Moro.
Avaliação
O ex-governador Paulo Souto (DEM) não acredita que a campanha do ex-presidente Lula à Presidência da República será o suficiente para alavancar a candidatura do petista Jaques Wagner ao governo da Bahia. Na visão do ex-secretário da Fazenda de ACM Neto (DEM), quem defende a tese de que o casamento das campanhas beneficiará imensamente o petista desconsidera o desejo do eleitorado baiano, que, em sua avaliação, a partir das pesquisas que se divulgam no Estado, demonstra um forte sentimento de mudança. Souto não descarta, como muitos apoiadores de ACM Neto, ser possível identificar setores da população que se dispõe a votar em Neto aqui e em Lula em Brasília.
Quem apoiar
O MDB não mente quando promete conversar com todos os pré-candidatos ao governo da Bahia para tomar uma posição e decidir a quem vai apoiar em 2022, embora todo mundo saiba que a agremiação, que está no governo Bruno Reis (DEM), prefere marchar com o candidato do PT, o senador Jaques Wagner. O que é motivo de especulação é o momento em que a decisão vai ser tomada.
Candidato
No PT, ninguém tem mais dúvida de que o governador Rui Costa (PT) deve sair candidato ao Senado na chapa do correligionário Jaques Wagner. Primeiro, porque é desejo do ex-presidente Lula fazer uma bancada grande de senadores do PT na próxima legislatura. Segundo, porque muito bem colocado nas pesquisas, ele só tem a ajudar na campanha do ex-governador.
Impacto
A festa de lançamento da pré-candidatura de ACM Neto ao governo, na semana passada, continua repercutindo no Estado, onde correligionários dizem que o democrata deu uma demonstração de força, conseguindo reunir não apenas políticos e lideranças da capital e do interior, mas muitos populares, que marcharam para o Centro de Convenções para vê-lo e ouvi-lo.
Gesto
Aliados do ministro da Cidadania, João Roma, têm defendido que ele também faça um gesto no sentido de demonstrar que, de fato, pretende concorrer ao governo do Estado, a exemplo do que fez, na semana passada, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que reuniu apoiadores no Centro de Convenções para uma grande festa em torno de seu projeto de concorrer.