Em alusão ao Novembro Negro, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promoveu, na manhã desta sexta-feira (19), uma feira de saúde dedicada à população negra residente no Distrito Sanitário de Itapagipe. Durante a ação, cerca de 200 pessoas participaram de atividades informativas, voltadas para a prevenção e tratamento de doenças que acometem, principalmente, os negros da capital baiana. O evento ocorreu no Largo do Bonfim.
De acordo com os programas de prevenção e tratamento de hanseníase, doença falciforme e tuberculose, a feira de saúde realizou serviços como orientação nutricional, pesagem, distribuição de preservativos e teste rápido para doenças sexualmente transmissíveis.
Foram promovidas ainda práticas complementares integrativas, como auriculoterapia, fitoterapia, orientação para o uso de ervas medicinais, massagem e técnicas de relaxamento. Serviços complementares como impressão do cartão SUS, Cartão Primeiro Passo, além de informações sobre o Auxílio Brasil também foram prestados.
O jardineiro José Vicente, 64 anos, aprovou a iniciativa. “Acho que ações como essa são de grande valia para população, sobretudo para aqueles que dependem do serviço público”, avaliou.
A estudante Gabriele Bispo, de 19 anos, também recebeu de forma positiva a ação. “A feira traz serviços necessários. Aqui, a população está tendo acesso a informações e atendimento, isso é muito importante para prevenir doenças”.
Acesso – A responsável pelo campo temático da Saúde da População Negra, Elenilda Farias, destacou a importância das ações. “Além de ser um momento de celebração desta data tão importante, a ação é uma forma de contribuir na discussão para o combate ao racismo e aumentar o acesso da população aos serviços de saúde”, explicou.
O coordenador da Unidade de Acolhimento ao Adulto da SMS, Edmundo Pontes, falou sobre a necessidade de promover e facilitar o acesso à saúde. “Em Salvador, onde a maioria da população é negra, o histórico é de luta e superação. A promoção de ações como essa é fundamental para o empoderamento desses cidadãos. Precisamos entender que a população mais pobre necessita cada vez mais de serviços que estejam condizentes com as suas demandas”, afirmou.
Foto: Bruno Concha/Secom