PT prova do veneno
O Partido dos Trabalhadores está provando do veneno da impunidade que escorreu pelas mãos da presidente Dilma Rousseff e pairou no decreto de indulto aos mensaleiros que ela assinou antes de deixar a presidência. Ao perdoar o mensaleiro Valdemar da Costa Neto, dono do PR – hoje de novo Partido Liberal –, com indulto confirmado pelo STF, Dilma abriu caminho para que ele, absolvido dos crimes, pudesse retomar o comando do partido e fazê-lo crescer. O PL hoje é o principal aliado do presidente Jair Bolsonaro, com centenas de prefeitos e forte bancada no Congresso. Bolsonaro é o principal rival de Lula da Silva (PT), que já contou com Valdemar e Ciro Nogueira (Progressistas) ao seu lado. Hoje a dupla está com Bolonsaro dentro do Palácio.
Foi e voltou
Valdemar foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em 2013. Cumpriu dois anos e meio da pena. E foi indultado em 2016.
As rachadinhas
Não espanta a impunidade dos políticos com a prática das rachadinhas, que é a divisão do salário do seu funcionário com o contratante do cargo comissionado ficando com a parte do leão. A rachadinha é desenvolvida nas câmaras de vereadores, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional há muito tempo. Foi trazida pelos portugueses ainda na colonização do Brasil, quando os mandachuvas acertavam benesses com os caciques, como no caso do nepotismo também introduzido nos primórdios. O cara-pálida casava com uma índia e tinha direito a pelo menos dois guerreiros trabalhando para ele de graça.
PT do Frete
O plano do PT para pavimentar a candidatura do ex-presidente Lula em 2022 passa pela tentativa de atrair o apoio e os votos de setores que elegeram Jair Bolsonaro, em 2018, como evangélicos e caminhoneiros. A presidente do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), protocolou uma PEC que propõe um valor mínimo para o frete rodoviário, principal reivindicação dos caminhoneiros que ensaiaram nova greve, sem adesão.
Reza de dois lados
A estratégia de reaproximação do PT com evangélicos tem à frente a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o ex-ministro Gilberto Carvalho, dos governos de Lula e Dilma. São eles que intermediam os encontros de Lula da Silva com bispos e pastores, mesmo com os declarados “bolsonaristas”.
Moro arrependido
A estreia de Sérgio Moro, para quem jurou nunca entrar na política, é uma dose de ânimo numa rotina conturbada que o levou próximo à depressão. A amigos que visitou em Curitiba e São Paulo, recentemente, Moro se disse arrependido de ter entrado no Governo de Jair Bolsonaro. Repete a todos que jogou a carreira de juiz no lixo. O aceite para filiação ao Podemos e a pré-candidatura a presidente da República são novas páginas. Mas não quer dizer que disputará o Planalto. A conferir os próximos capítulos.
Filas da pandemia
Filas enormes, horas de espera, poucos caixas e o tradicional atendimento prioritário para idosos. O brasileiro que reclama da Caixa e do Banco do Brasil sobre o problema, agora sabe o porquê: 28 mil funcionários do BB estão em teletrabalho. É o chamado grupo de risco contra Covid-19. A Caixa tem outros milhares, mas não revelou.
Vermelho e azul
A chapa Lula/Geraldo Alckmin tem sido cada vez mais lembrada por petistas como uma possibilidade para a sucessão presidencial, num cenário onde a radicalização parece querer dar o tom. Para os baianos, por exemplo, menos extremistas entre todos os partidários do ex-presidente no país, não deve, de jeito nenhum, ser descartada para a disputa de 2022.
Queimando a língua
Deputados do PSL da ala bolsonarista não escondem constrangimento com a iminente filiação do mandatário ao PL, partido com histórico de visitas de camburões. Isso porque foram eleitos na onda de 2018 que pregava o combate à corrupção, defesa da Lava Jato e ética na política.
Racha
Hoje, a bancada do PSL soma 53 deputados. Destes, 20 são fidelíssimos ao presidente, mas ainda estão em dúvida e avaliam cenários nos Estados antes de eventual embarque no PL. O PSL rachou em 2019 após a desfiliação de Bolsonaro. Uma ala seguiu alinhada ao presidente e outra ao deputado Luciano Bivar (PE), presidente da sigla.
Dr. Jesus
A morte prematura do jovem deputado João Isidório, filho do deputado federal Pastor Isidório, deixou verdadeiramente consternados todos os seus colegas na Assembleia, espaço em que quem conviveu com o rapaz dizia se tratar de uma figura de fino trato, dedicado aos assuntos do Parlamento, à vida religiosa e à obra social do pai, a Fundação Dr. Jesus.
Cabeça
Quem tem mergulhado de cabeça na campanha à Câmara dos Deputados é o ex-secretário estadual de Saúde Fábio Vilas-Boas. O homem não para de, como se diz na linguagem política, correr trecho, reproduzindo o mesmo ritmo de trabalho que mantinha ao lado do governador Rui Costa (PT), o qual não cansa de elogiar o ex-auxiliar em suas andanças pelo interior.
PTB descartado
Pelos entendimentos que correm para a filiação a uma nova sigla do presidente Jair Bolsonaro tocar seu projeto de reeleição, o PTB do presidiário Roberto Jefferson já está descartado. O ex-parlamentar depois de preso, brigou com todo mundo, foi substituído no diretório nacional e se encrencou com a própria filha, a ex-deputada Cristiane. Com seus filhos na articulação, Bolsonaro vai prospectando as possibilidades de filiação no PP de Ciro Nogueira, no União Brasil de ACM Neto e Luciano Bivar e no PL de Valdemar Costa Neto a quem se mostra mais propenso. Até março, quando se abre o período de abertura da janela partidária tudo estará definido.
Os temporários
Entre os milhares de desempregados na Bahia– muitos vivendo de bicos – a expectativa é grande com relação a temporada de contratações temporárias para as festividades de final do ano. Diante da expectativa da Câmara de Diretores Lojistas da capital e da Federação do Comércio que teremos um final de 2021 potencializado em termos de vendas o clima de otimismo está no ar desde agora por causa do black Friday que rola ainda neste mês de novembro. Todo mundo esperando faturar um peru para a ceia do Natal e o chivas das crianças.