Enquanto o mundo caminha para a acelerada modernização da frota rodante, com a substituição de veículos movidos a combustíveis de petróleo para a nova linha de veículos movidos com energia limpa, por aqui, no Brasil, o consumidor final ‘paga o pato’ pela política de preços adotadas pela estatal Petrobras com reajustes frequentes. O diesel já acumula uns 50% de reajuste no ano e os caminhoneiros ameaçam uma nova paralisação nacional.
Mas até lá, outros fatos surgem como o pedido de abertura de uma CPI para investigar a Petrobras, proposta entregue ao Congresso Nacional pelo Conselho Nacional dos Trabalhadores de Transportes e Logística (CNTTL), que representa os caminhoneiros, Além do CNTTL, assinam a solicitação o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
A política de preço dos combustíveis acompanhando as elevações do dólar vem puxando a inflação e causando drásticas consequência não apenas aos caminhoneiros. O cidadão comum que vai ao mercado comprar alimentos, ou faz qualquer outra aquisição se assuste com a disparada de preços. É que o petróleo puxa qualquer outro custo, principalmente por causa dos transportes.
A abertura da CPI da Petrobras deveria acontecer não apenas por causa dos reajustes frequentes nos preços de combustíveis, mas revelaria muitos outros absurdos que podem estar ocorrendo dentro da grande petrolífera.
Poderia, por exemplo, verificar o reflexo desses reajustes no mercado de ações e quem são os principais beneficiados. Muitas coisas poderiam ser alavancadas e desenterradas, mas dificilmente essa CPI será instalada. Se ao menos fosse criada uma nova política de preços que não escravizasse o consumidor final já estaria de bom tamanho.