A mudança é apenas na troca da palavra ‘velho’ pelo ‘novo’ oeste, mas o derramamento de sangue é o mesmo. Os bilhetes com os nomes das vítimas continuam. Emboscadas e recompensas seguem o mesmo enredo do ‘velho’ oeste do século XIX. Se bem que cavalos deram lugar as motos, chapéus a capacetes, botas, esporas a tênis de marca. Os cowboys são motoqueiros impiedosos.
Resta saber se no ‘novo’ oeste é bandido quem mata ou quem morre. Essa história daria um curta ou um longa-metragem? Na visão de um cineasta, talvez!
Outra tipificação na cultura cinematográfica caberia um serial killer, ou seja, assassino em série? Seja o que for, ninguém aceita conviver com este sentimento de cidade sem lei, pois o medo toma conta das pessoas e nesse ‘vento’ tenebroso, que sopra sobre o nosso estado, já são centenas CPF’s cancelados, todos com características de execução.
Esse cancelamento, certamente, tem disputa por território do tráfico de drogas, dinheiro e poder de facções. Triste cenário para uma população que tem outra proposta de vida: a arte. O que se ver é a ‘mãe’ de todos crimes imperando soberanamente.
A Bahia não pode ser este ‘novo’ oeste, não. Essa fumaça, do medo, que sufoca sua população tem que sumir. Ao invés de pistolas, flores; ao invés sangue derramado, cultivo de novas possibilidades de dias melhores para a nossa gente. Que uma ou mais pessoas puxem o gatilho da esperança e o fim deste momento cruel que ninguém merece passar.