Como parte do Sou Salvador, integrantes do Agentes de Empreendedorismo – programa concebido pelo Parque Social em parceria com a Prefeitura – fizeram um trabalho de captação e de aproximação com os ambulantes que passaram pela capacitação do projeto no último mês. Os vendedores fixos e volantes da Praça da Sé receberam um material impresso contendo um portfólio do programa e um formulário para preenchimento de informações que ajudem a identificá-los posteriormente para a prestação de assistência especializada.
Segundo a coordenadora do programa Agente de Empreendedorismo, Norma Regina Silva, a ação busca dar continuidade ao Sou Salvador, disponibilizando assistência personalizada e captando dados para uma posterior aplicação da trilha empreendedora, que contempla temáticas como finanças, gestão de negócios e planejamento.
“Queremos proporcionar para eles a alavancagem dos negócios, ampliando as formas de emprego e renda para a localidade. Então, esse nosso trabalho vai permitir essa aproximação, esse reconhecimento do nosso time de ação já sensibilizado. Teremos um agente específico para cada grupo de empreendedores. A intenção é de que eles se capacitem mais para que de fato tenham bons frutos, com ampliação da renda, expansão da oferta de produtos e melhoria do atendimento”, afirmou Norma.
Reconhecimento – A artista e baiana de acarajé receptiva Shirley Souza, de 46 anos, foi abordada pela equipe e elogiou a iniciativa. “Eu fiz a capacitação do projeto e achei ótimo, porque conhecimento nunca é demais. Ampliou a quantidade de coisas que eu já sabia. Com esse preenchimento de formulário e continuidade do atendimento, espero me fortalecer ainda mais e começar a colocar em prática o meu aprendizado. Agora é focar, estabelecer metas e atender bem ao cliente, de maneira assertiva, pois dependemos dele para a obtenção da nossa renda”.
Vendedor de produtos africanos na Praça da Sé, o nigeriano Kamanideen Akolade, 53 anos, sentiu-se valorizado com a ação. “Ajuda a divulgar o nosso trabalho e nos dá conhecimento para promovê-lo melhor”.
Já o vendedor de água e refrigerante Valfredo Matos, de 51 anos, aproveitou a oportunidade para se informar sobre a possibilidade de abertura de novas turmas para a capacitação. “Espero conseguir participar. Essa aproximação com os ambulantes é muito boa. Nós, vendedores, só queremos a autorização para trabalhar livremente”, disse.
Projeto – Desenvolvido pela Prefeitura, o projeto Sou Salvador foi lançado em julho para qualificar e promover o ordenamento dos trabalhadores do mercado informal na cidade, que representam uma parte expressiva da mão de obra ativa. Cerca de 500 ambulantes do Centro Histórico participaram das capacitações iniciadas em julho e finalizadas no último dia 9.
A primeira fase do projeto consistiu na capacitação do público-alvo por meio de diversos workshops. A segunda etapa está sendo de recadastramento e ordenamento dos participantes, condicionados à participação efetiva dos ambulantes nas atividades. A última fase é de acompanhamento e avaliação. Nela, há uma fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), para garantir que as pessoas em atuação na região do Centro Histórico tenham passado pela capacitação e estejam organizadas.
O papel dos agentes do empreendedorismo, por meio do trabalho de abordagem realizado hoje, é reforçar as capacitações com assistência especializada aos vendedores por meio de orientação sobre finanças, planejamento, gestão de negócios e marketing.
Realização – O Sou Salvador é coordenado pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Semdec), de Cultura e Turismo (Secult) e de Ordem Pública (Semop), com as parcerias do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Wakanda Educação Empreendedora, Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo em Salvador (Prodetur), Parque Social, Universidade Salvador (Unifacs), Instituto Antônio Carlos Magalhães e Sindicato dos Guias Turísticos da Bahia (Singtur).
Os empreendedores receberam, ao final da capacitação, certificados que dão direito a obter a licença para atuar na atividade, novos fardamentos com número de identificação vinculado à licença, além de um QR Code para controle de pesquisa de satisfação dos serviços prestados aos clientes.