Os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti devem ser intensificados pela população, durante o período de chuvas ocasionais na cidade. O alerta é feito pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que recomenda o reforço da vedação da caixa d’água, verificação e vasos e pratos de plantas e descarte de vasilhames e utensílios, como principais medidas preventivas contra as arboviroses.
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), até o dia 25 de junho, Salvador registrou 385 casos prováveis de dengue, 215 de chikungunya e 39 de zika. No ano passado, neste mesmo período, foram registrados 9 mil, 9,5 mil e 1.030 casos das doenças, respectivamente. Mas, mesmo com os índices das arboviroses apresentando uma redução significativa, em relação a 2020, é preciso que a população mantenha a atenção.
Para Cristina Guimarães, subgerente de arboviroses do CCZ, vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), neste período de pandemia, em que os agentes não podem adentrar as residências, é preciso que os cidadãos fiquem ainda mais atentos a possíveis focos do inseto.
“Estamos pedindo que a população tenha maior cuidado com recipientes que possam virar criadouro do mosquito. Qualquer recipiente plástico como vasos de plantas, ou até a vasilha de água do pet, caso não seja higienizada adequadamente, pode virar criadouro. É preciso ter um olhar mais apurado”, reforçou.
Salvador conta com 1,5 mil agentes de endemias voltados para o trabalho de combate às arboviroses, atuando diariamente em toda a cidade das 7h30 às 13h30. Os profissionais operam nos 12 distritos sanitários da capital baiana, orientando os cidadãos e alertando sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito.
“Às vezes a população não percebe a importância do agente de endemias. São eles que nos sinalizam e trazem as demandas. É importante que a população tenha o olhar de que o agente é o canal com o poder público, para que possamos gerir da melhor forma nossas ações”, frisou.
Ações contínuas – Desde o início do ano, as equipes de combate às arboviroses reforçaram as inspeções em locais que podem apresentar maiores chances de proliferação do mosquito em Salvador. Alguns destes locais são ferros velhos, borracharias, cemitérios e prédios públicos. Estes pontos estratégicos são visitados quinzenalmente para que a área seja monitorada.
Em maio, por exemplo, 990 escolas foram vistoriadas na cidade, sendo que em 116 unidades de ensino foram encontrados focos do mosquito Aedes. Em junho a equipe retornou às escolas que apresentaram focos, para garantir a eficácia da prevenção.