Pelo segundo ano consecutivo devido à Covid-19, a celebração presencial em Salvador ao Dois de Julho, Independência do Brasil na Bahia, foi restrita a um ato simbólico realizado no Largo da Lapinha, na manhã desta sexta-feira (2). Na ocasião, autoridades como o prefeito Bruno Reis e o governador Rui Costa destacaram o esforço realizado por todos os heróis do momento, desde os profissionais de saúde até a população, nesta batalha contra a pandemia. Não à toa, este ano a celebração tem como tema “A Chama da Esperança”.
“Chegamos a mais um Dois de Julho, dia de muito orgulho para todos nós, baianos, que nossos corações batem mais forte, comemoramos a vitória do nosso povo e prestamos homenagem aos nossos heróis. Infelizmente, devido à pandemia, este é o segundo aos que temos que comemorar a data com as limitações que o momento exige. Já são 16 meses de uma longa batalha que vem se travando contra a pandemia, e neste dia temos que prestar homenagem a todos os heróis dessa batalha”, declarou Bruno Reis.
No discurso, ele completou que Salvador conseguiu chegar até aqui como a capital com um dos menores índices de mortalidade e destacou que está mais perto o retorno às atividades normais. “Isso se deve ao esforço coletivo de todos: gestores, profissionais envolvidos e população, que muitas vezes, mesmo a contragosto, atendeu à nossa convocação de adotar medidas de isolamento social”.
O chefe do Executivo municipal ainda deixou uma mensagem de reconhecimento e esperança. “Temos os heróis da linha de frente, que são os trabalhadores da saúde, e a pira hoje representa a chama da esperança, os caboclos estão de verde, que é a cor da esperança. Que essa seja a última batalha contra a pandemia e que, a partir de 15 de julho, se os números continuarem caindo e com a ajuda da população, possamos definitivamente vencer essa guerra”, arrematou.
O presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, explicou a escolha do tema das celebrações em 2021. “O tema deste ano é A Chama da Esperança porque a gente espera que essa Covid saia das nossas vidas, que a vacinação continue correndo e que a gente possa logo, logo estar voltando à rotina. Estamos também com uma programação virtual enorme na página da FGM no site e YouTube, então aproveitem este ano para conhecer mais a festa”, declarou.
Ele aproveitou ainda para informar que no próximo ano serão abertas as comemorações pelos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia, a serem completados em 2023, com a criação de um Memorial da Independência no Pavilhão 2 de Julho, na Lapinha.
Cerimônia – A cerimônia simbólica foi iniciada com o hasteamento das bandeiras pelo prefeito Bruno Reis, governador Rui Costa, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Viana, e pelo presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), Eduardo Morais de Castro. Em seguida, foi acendida a pira pelos profissionais de saúde Alene Santos, 49 anos, técnica de enfermagem da USF Jaguaripe, e Helder Martins, 39 anos, enfermeiro da USF Nelson Piauhy Dourado. Por fim, foram colocadas flores no busto em homenagem ao General Labatut e heróis da independência.
Para Arlene, o momento foi de muita felicidade pelo reconhecimento ao trabalho que vêm realizando, e deixou um recado para a população. “Que todos tenham esperança, fé, confiança, graças a Deus tem essa vacina que veio amenizar a situação e que todos se vacinem, não esqueçam de tomar a segunda dose, procurem os postos e, aos demais, fiquem também atentos ao momento de tomar a primeira dose.”
“Está sendo muito gratificante, principalmente neste momento que estamos vivendo de pandemia, dificuldade e perdas, fico feliz em representar nossa classe da saúde. Neste dia tão simbólico desejo muita força, esperança e a vacina que está chegando para todos. Com fé em Deus a gente vai vencer essa batalha”, declarou Martins.
Foto: Betto Jr./Secom