A Polícia Federal entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) de um inquérito para investigar a suspeita de pagamentos ao ministro Dias Toffoli, por suspeita de venda de decisões judiciais.
É a primeira vez que o órgão solicita ao próprio Supremo que inicie uma investigação contra um ministro da Corte.
O ministro nega que tenha conhecimento sobre qualquer repasse ilegal. As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
O pedido foi feito com base na delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Na delação, Cabral alega que Toffoli recebeu R$ 4 milhões para favorecer dois prefeitos fluminenses em processos que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foi presidido pelo atual ministro do STF entre 2012 e 2016.
Toffoli chegou a presidir o TSE no ano de 2016.
O documento com a delação de Cabral foi enviado na semana passada ao relator do caso, o ministro Edson Fachin.
Em fevereiro de 2020, Fachin já havia homologado a delação e autorizou a abertura dos casos, que logo depois foram encaminhados a Toffoli.
O ministro ignorou a decisão de Fachin. Ele pediu que o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestasse, e aproveitou o recesso judicial de julho para arquivar três das investigações. O restante foi engavetado antes que ele deixasse o cargo de presidente do STF, em setembro.
Procurado, Toffoli respondeu por meio de sua assessoria que jamais atuou para favorecer qualquer pessoa enquanto esteve em no TSE.
As informações são da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.